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TEM INÍCIO A MOBILIZAÇÃO
NACIONAL INDÍGENA TERRA LIVRE
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2005
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22/04/2005 Entrevista
coletiva na Esplanada dos Ministérios, em
Brasília, marcada para as 11 horas do dia
25 de abril, dá continuidade ao "Abril
Indígena", que se encerrará no
dia 29. Durante toda a semana, ocorrerão
palestras, oficinas e audiências com autoridades
do governo federal. Mobilização deverá
ter a presença de cerca de 600 representantes
de comunidades indígenas de todo o País.
Uma entrevista coletiva no gramado da Esplanada
dos Ministérios, em Brasília, na altura
do Ministério do Meio Ambiente, na segunda-feira,
dia 25 de abril, às 11h, vai abrir a mobilização
nacional indígena Terra Livre. Durante toda
a semana, até a sexta-feira, dia 29 de abril,
lideranças indígenas estarão
no local para debater e criticar a política
indigenista do governo, propor e divulgar propostas
alternativas. Organizada pelo Fórum de Defesa
dos Direitos Indígenas (FDDI), a mobilização
pretende reunir mais de 700 representantes de 59
diferentes etnias de todo o País para participar
de plenárias, oficinas, atividades culturais
e audiências com autoridades.
Entre as principais reivindicações
do movimento estão a criação
de um Conselho Nacional de Política Indigenista
(com participação dos povos indígenas
e de outras organizações da sociedade
civil), a homologação imediata de
14 Terras Indígenas, maior agilidade nos
processos de demarcação e homologação,
a proteção aos conhecimentos tradicionais
e a repartição justa dos benefícios
oriundos da biodiversidade, além de um pronunciamento
oficial e da ação do governo no sentido
de barrar as inúmeras propostas que tramitam
no Congresso Nacional e pretendem destruir ou obstar
os direitos indígenas. Estes e outros temas
– como etnodesenvolvimento, saúde e educação
indígenas – serão discutidos durante
a mobilização em Brasília.
No dia 26, terça-feira, está agendada
uma audiência com o ministro da Justiça,
Márcio Thomaz Bastos, e com o presidente
da Fundação Nacional do Índio
(Funai), Mércio Gomes. No dia 27, deverá
ocorrer uma conversa das principais lideranças
indígenas com os presidentes da Câmara
e do Senado e, no dia 28, com o ministro da Casa
Civil, José Dirceu, com o secretário-geral
da Presidência, Luiz Dulci, e com a Frente
Parlamentar em Defesa dos Direitos Indígenas.
Todos os encontros ocorrerão no auditório
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), às
9h (SAFS, Quadra 06, Lote 01, Trecho 03).
O Terra Livre dá seqüência ao
“Abril Indígena”, um conjunto de manifestações
que ocorreram e estão ocorrendo em vários
estados para marcar o descontentamento dos povos
indígenas com a atuação do
governo para o setor e estimular a discussão
de seus principais problemas. Já aconteceram
atos públicos, feiras culturais, passeatas
e outras ações em Manaus, São
Paulo, Cuiabá, Salvador, Maceió e
Belo Horizonte. No dia 31 de março, na Comissão
de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados,
o FDDI lançou um manifesto que critica os
principais aspectos da política indigenista
oficial.
O FDDI é composto pelas seguintes entidades:
Coordenação das Organizações
Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab),
Conselho Indígena de Roraima (CIR), Associação
Brasileira de Antropologia (ABA), Instituto Socioambiental
(ISA), Conselho Indigenista Missionário (Cimi),
Centro de Trabalho Indigenista (CTI), Comissão
Pró-Yanomami (CCPY) e a Articulação
dos Povos e Organizações Indígenas
do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo
(APOINME). O “Abril Indígena” é apoiado
ainda por outras organizações como
a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) e a Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência (SBPC).
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ISA .
Fonte: ISA – Instituto Socioambiental
(www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa