A madeira é
moderadamente pesada, macia ao corte, textura média,
grã direita, superfície sem brilho
e lisa ao tato, de boa resistência ao ataque
de organismos xilófagos. Pode também
ser considerada como boa fonte de celulose. Atualmente,
a exploração de exemplares nativos
é proibida por lei, mas o que não
impede seu plantio com a finalidade de reflorestamento
tanto em plantios puros quanto em sistemas consorciados.
As castanhas ou sementes são muito apreciadas
para consumo, sendo internacionalmente conhecidas,
constituindo um dos principais produtos de exportação
da Amazônia. A castanha-do-brasil é
excelente opção para o reflorestamento
de áreas com solos de baixa fertilidade,
ao lado de outras espécies florestais e nos
sistemas agroflorestais.
Hoje em dia, a exploração de exemplares
nativos é proibida pelo Decreto n 1282 de
19/10/ 1994 que não impede seu plantio com
a finalidade de reflorestamento, plantios puros
e em sistemas consorciados, lembra a pesquisadora,
Marilia Locatelli, da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária, vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
em Rondônia. A espécie ocorre na Venezuela,
Colômbia, Peru, Bolívia e Guianas,
mas no Brasil existe em maior número e formações
compactas, nos estados do Pará, Amazonas,
Acre, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia,
Amapá e Roraima.
A castanha-do-Brasil no estado de Rondônia
apresenta floração nos meses de outubro
a dezembro, e frutificação de outubro
a março, prevendo uma rotação
de 25 anos, segundo dados do experimento instalado
há 18 anos no Campo Experimental da Embrapa
em Machadinho d´Oeste/RO.
A árvore é de grande porte podendo
atingir até 50 m de altura e 2 m de diâmetro
na base, mas ainda não existem plantios significativos
da castanheira. Marilia Locatelli adverte que com
relação à aquisição
de sementes os produtores devem ter o cuidado de
observar se as sementes são oriundas de árvores
sadias e de alta produtividade.
Com relação à colheita e processamento
observar o controlar da aflatoxina, que ocorre se
os frutos ficarem muito tempo amontoados ao pé
da castanheira aguardando transporte. A União
Européia, maior importador de castanhas brasileiras,
estabelece limites máximos de tolerância
de presença da toxina que variam de 0,05
partes por bilhão (ppb) a 5 ppb.
A Pesquisadora da Embrapa Rondônia ressalta
que a castanha somente poderá ocupar um local
de destaque na pauta de exportações
e de mercado interno a partir do momento em que
houver uma política de estímulo destinada
ao produtor extrativista, mantendo o homem na floresta
e aumentando a produção.
Com relação à exportação,
os produtores devem estar atentos às exigências
do mercado externo. Existe no Brasil a Instrução
Normativa nº 12, que estabelece a obrigatoriedade
da emissão do Certificado Sanitário
específico para o controle de contaminantes
para a exportação de castanha-do-brasil,
e a Instrução Normativa nº 13
que estabelece, através de Regulamentos Técnicos,
os critérios a serem adotados para certificar
a castanha para exportação.
De acordo com dados da Companhia Nacional Brasileira,
CONAB, em 2004 foram exportadas 13 mil 106 toneladas,
totalizando um valor de 21. 626 milhões de
dólares, sendo que apenas em janeiro de 2005
foram exportados 824 toneladas, rendendo um milhão
de dólares ao Brasil. Os principais consumidores
de castanha-do-brasil estão nos Estados Unidos
e Europa - Reino Unido, Alemanha e Itália.
Outras informações sobre produção
de mudas, plantio e crescimento da castanha-do-Brasil
podem ser obtidas na Embrapa Rondônia, pelo
telefone (69) 225-9387 ou pelo e-mail
sac@cpafro.embrapa.br.
Dados sobre o sistema da produção
da espécie também estão disponíveis
no site
www.cpafro.embrapa.br
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