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PROFESSOR DIZ QUE PROJETO
LEGALIZARÁ COMÉRCIO DE MADEIRA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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A regulamentação
das concessões de exploração
das florestas públicas poderá representar
a legalização de até 95% do
comércio de madeira que existe atualmente,
de forma irregular, na Região Amazônica.
O dado foi apresentado nesta manhã pelo professor
da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
e diretor da ONG Pro-Natura, Peter May, que participa
de audiência pública na comissão
especial que analisa o Projeto de Lei 4776/05. Segundo
May, atualmente, apenas 5% do comércio de
madeira existente na região está legalizado.
Ele considerou que a legalização da
atividade vai possibilitar a entrada em novos mercados
que exigem certificados oficiais, como o europeu.
O professor criticou, no entanto, o fato de não
haver estudos econômicos para que se estime
a demanda para a produção de maior
valor agregado pela legalização da
madeira. O representante do Greenpeace na audiência,
Nilo D´Ávila, anunciou que os grileiros
estão vendendo terras públicas na
Região Amazônica por R$ 40 o hectare.
Segundo ele, o Governo não possui as ferramentas
necessárias para coibir essa prática,
que provoca também a devastação
do meio ambiente. O secretário-executivo
do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Atanagildo
de Deus Matos, pediu que o Governo priorize as questões
ambientais na discussão do projeto. Já
o representante da ONG Amigos da Terra, Roberto
Smeraldi, avaliou que o projeto não vai promover
a privatização das terras públicas,
"como muitos dizem, até porque o processo
de privatização já existe irregularmente
há décadas".
Fonte: Câmara de Deputados
(www.camara.gov.br)
Assessoria de imprensa