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RODRIGUES ANUNCIA QUE EMBRAPA
COORDENARÁ CONSÓRCIO NACIONAL
DE AGROENERGIA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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O ministro da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues,
anunciou, na semana em que a Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) comemora
32 anos de sua fundação, a criação
do Consórcio Nacional de Agroenergia. O projeto
será coordenado pela estatal, vinculada ao
Ministério. "A Embrapa é a alavanca
do processo de desenvolvimento da agroenergia, novo
paradigma da agricultura brasileira e mundial",
destacou o ministro.
De acordo com ele, a Empresa será o principal
ponto de apoio do consórcio, que desenvolverá
ações voltadas à produção
de energia a partir de produtos agrícolas.
A Embrapa já realiza pesquisas com oleaginosas
como fonte energética. "Mas temos de
avançar", disse, ao convocar os pesquisadores
para apoiar a nova iniciativa do governo federal.
Nobel da Paz - Com o consórcio, explicou
Rodrigues, o Brasil deverá concentrar esforços
na produção de agroenergia e evitará
a dispersão de ações, recursos
e tecnologias. Para ele, o país possui hoje
a principal alternativa energética ao petróleo,
ou seja, a produção de energia a partir
de produtos agrícolas. "Com isso, temos
também a chance de dar à agricultura
um segundo Nobel da Paz", assinalou - o primeiro
foi concedido, em 1970, ao agrônomo norte-americano
Norman Bourlaug, um dos grandes responsáveis
pela chamada revolução verde ocorrida
na agricultura na segunda metade do século
passado.
Rodrigues também enumerou as vantagens da
agroenergia. Entre elas, os ganhos ambientais, como
o seqüestro de carbono e a possibilidade de
agregação de renda à agricultura
pelo aproveitamento de sub-produtos de biomassa.
Isso, enfatizou o ministro, contribuirá para
a descontração da renda no país
e, ao mesmo tempo, incentivará a geração
de novos postos de trabalho no agronegócio.
Ao fazer um rápido balanço da história
da Embrapa ao longos dos últimos 32 anos,
Rodrigues destacou a trajetória de sucesso
da estatal e seu compromisso com o futuro. "A
Embrapa está olhando para frente com cada
vez mais competência e ênfase, com corpo
técnico admirável e de respeitabilidade
no mundo inteiro", disse o ministro. Ele também
elogiou a gestão do diretor-presidente da
empresa, Silvio Crestana.
"O modelo de sucesso da Embrapa foi planejado
há 25 anos. Agora é o momento de pensar
e organizar a instituição para mais
dez ou 20 anos", afirmou Crestana. Para o diretor-presidente,
o trabalho da pesquisa não pode estar voltado
apenas à produção e produtividade.
"Temos de estar preparados para responder também
às variáveis ambiental, social, às
diferenças regionais e a agenda internacional.
Nesse contexto, e o debate sobre agroenergia é
fundamental".
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa