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SAI LICENÇA AMBIENTAL
PARA HIDRELÉTRICA DE ESTREITO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2005
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(29/04/05) - O Ibama
concedeu ontem ao Consórcio Estreito Energia
a licença prévia atestando a viabilidade
ambiental da Usina Hidrelétrica de Estreito.
Devido a sua localização, entre os
estados de Tocantins e Maranhão, o licenciamento
ambiental da usina é de competência
do Ibama. Prevista para ser instalada no rio Tocantins,
com um reservatório de 555 quilômetros
quadrados, a usina irá gerar 1.087 MW de
potência instalada.
A concessão da licença está
vinculada a uma série de condicionantes que
deverão ser obedecidas. Estas condicionantes
refletem a preocupação do Ibama em
assegurar que o empreendedor garanta que as condições
de vida e trabalho da população afetada
sejam mantidas e que os impactos à fauna
e à flora sejam devidamente minimizados e
compensados.
A construção da usina inundará
áreas do médio curso do rio Tocantins,
afetando cerca de 1500 famílias em áreas
urbanas, ribeirinhos, ilhéus e pequenos agricultores.
A extinção das áreas marginais,
que viabiliza a agricultura de vazante, obrigará
o remanejamento das famílias. Em função
disso, a viabilidade da usina está condicionada
a medidas que garantam a relocação
das pessoas da forma mais justa possível,
levando em consideração também
a cultura da população e suas práticas
sociais e econômicas.
Assim, serão elaborados pelo empreendedor
os programas ambientais que garantirão a
preservação do ecossistema regional
e que estabelecerão ações específicas
para a manutenção das atividades pesqueiras,
transporte fluvial, turismo, agropecuária,
extrativismo de frutas nativas, entre outras.
Para a fauna, há condicionantes que obrigam
à criação de programas de monitoramento
de mamíferos aquáticos, com ênfase
nas populações de botos; um programa
de monitoramento de fauna terrestre; além
da apresentação de um mecanismo de
transposição de peixes.
Em relação a flora, o empreendedor
deverá aprofundar os estudos das matas ciliares
e das matas de galeria já apresentados. Serão
necessárias também ações
de resgate de germoplasma, para garantir a preservação
da diversidade genética regional.
A licença emitida não autoriza o início
da construção da usina. Só
após atender as condicionantes da Licença
Prévia o Consórcio poderá obter
a emissão da licença de instalação
autorizando as obras.
Breve histórico
do empreendimento
O processo de licenciamento
teve início em 2002, quando o Ibama recebeu
do empreendedor o Estudo de Impacto Ambiental e
seu respectivo relatório (EIA/RIMA). Em seguida,
a primeira rodada de audiências públicas
foi marcada nos municípios de Carolina e
Estreito, no Maranhão, e Babaçulândia,
Filadélfia e Aguiarnópolis, no Tocantins.
Em 2003, após a análise do EIA/RIMA,
da realização das vistorias e das
audiências públicas, o Ibama concluiu
que havia necessidade de complementações
ao estudo apresentado pelo empreendedor.
Os últimos ajustes foram entregues ao Ibama
em março de 2004. Devido à importância
e complexibilidade dessas informações,
o Ibama entendeu que elas deveriam ser apresentadas
à população em novas audiências
públicas. Em abril, o Consórcio apresentou
um recurso administrativo para que não fossem
realizadas as novas audiências. O Ibama manteve
sua posição confirmando a necessidade
de realização dos novos debates.
Em fevereiro deste ano foram realizadas as audiências
públicas e após a análise criteriosa
dos questionamentos da população,
dos estudos apresentados e de suas complementações,
o Ibama concedeu a Licença Prévia
atestando a viabilidade ambiental da obra.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa (Telma Peixoto)