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TÉCNICOS DA CETESB SE REÚNEM PARA DEBATER ÁREAS CONTAMINADAS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2005

28/04/2005 A CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental realizou nesta quarta-feira (27/4) um encontro técnico para a discussão do tema “Gerenciamento de Áreas Contaminadas”. Com a participação de técnicos de várias áreas das diretorias de Controle da Poluição Ambiental e de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental.
O encontro técnico, que se estendeu por todo o dia, foi organizado pelo Setor de Capacitação para Gestão Ambiental, sob a coordenação do Departamento de Gestão de Recursos Humanos e da Divisão de Capacitação e Desenvolvimento de Recursos Humanos, da Diretoria de Gestão Corporativa. O evento faz parte do Programação de Capacitação e Formação Profissional Continuada da CETESB.

Pedro Calado
No início da reunião, o diretor de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental, Lineu Bassoi, enfatizou a integração existente entre a sua diretoria e a de Controle da Poluição Ambiental, que tem trazido benefícios para toda a empresa. Como exemplo, mencionou os encontros de gestão de recursos hídricos que ocorreram em Ribeirão Preto, assim como a elaboração do Relatório de Qualidade das Águas, que envolveu técnicos das duas diretorias. O diretor de Controle da Poluição Ambiental, Otávio Okano, agradeceu o resultado do trabalho de coordenação pedagógica desenvolvido por Magda Miskolci Tinoco, da Agência de Campinas, junto aos técnicos para verificar as necessidades de aperfeiçoamento na questão de áreas contaminadas. “Essa conduta já vem sendo adotada em programas de treinamento abordando a qualidade das águas superficiais, a coleta de amostras de efluentes líquidos e o atendimento a emergências químicas”, disse.
Para o diretor de Gestão Corporativa, Alaôr Lineu Ferreira, o entrosamento das diretorias se faz notar pelo número de reuniões nas agências ambientais, para definir um programa de cursos e treinamentos atendendo a demandas do corpo técnico da empresa. “A Diretoria Plena da CETESB entende que os técnicos são profissionais que, nas diversas áreas da empresa, promovem a integração de ações para o aperfeiçoamento contínuo dos serviços”, esclareceu.

Gerenciamento

O engenheiro Alfredo Carlos Cardoso Rocca, gerente de Divisão de Áreas Contaminadas, falou sobre o tema “Gerenciamento de Áreas Contaminadas: Aspectos Conceituais e Técnicos” mostrando como isso é feito em outros países, comparando as tecnologias adotadas internacionalmente com as da CETESB.
Para ilustrar, Rocca citou a importância do caso Shell, em Paulínia, que sensibilizou a opinião pública. “Nas décadas de 70 e 80, a empresa fabricava pesticidas organoclorados altamente persistentes e tóxicos, causando a contaminação do solo, das águas subterrâneas e colocando em risco a saúde da população circunvizinha”, lembrou. Atualmente, a fabricação desses pesticidas é proibida, atendendo às determinações da Convenção de Estocolmo. Rocca explicou que, a partir desse fato, a CETESB passou a se estruturar para fiscalizar e controlar o problema de áreas contaminadas no Estado de São Paulo. “Lidar com áreas contaminadas requer uma revisão na maneira de enfocar a problemática. Não dá para aplicar uma abordagem meramente com base em padrões legais.
Pedro Calado
Faz-se necessário uma avaliação caso a caso, para decidir onde existe uma desconformidade que requeira uma intervenção”, afirmou. O geólogo Elton Gloeden, assessor da Diretoria de Controle da Poluição Ambiental, abordou os procedimentos de gerenciamento de áreas contaminadas enfocando as ações da CETESB. Segundo Elton, existem várias questões que precisam ser aperfeiçoadas, como a distribuição de atividades que as agências ambientais têm de executar em paralelo com as áreas técnicas da Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental.
“Para que isso aconteça existe a necessidade urgente de reciclagem dos técnicos envolvidos, dentro do novo projeto CETESB/GTZ, cujo principal objetivo é a capacitação continuada dos funcionários da CETESB, contemplando também o público externo”, concluiu.

Relatos de experiências

No período da tarde, se apresentaram os gerentes das Agências Ambientais de Campinas II, Lúcio Flávio Furtado de Lima, de Santo André, Luiz Antonio Brun, e de Osasco, Antonio Rivas Galindo Júnior, que expuseram suas experiências com as áreas contaminadas. Lúcio Flávio abordou as diversas ações desenvolvidas em torno da contaminação provocada pelo Aterro Industrial Mantovani, localizado no município de Santo Antonio da Posse, na região de Campinas, que teve suas atividades encerradas, por exigência da CETESB, em 1987. Ele explicou que até 2002, as ações da CETESB eram baseadas nas autuações, sendo que desde então a abordagem passou a ser a de gestão, “buscando soluções negociadas para o conflito”.
Essa nova forma de atuação, conforme lembrou o gerente de Campinas II, foi feita em parceria com o Ministério Público e também passou pelas discussões com as indústrias envolvidas, culminando no Termo de Compromisso, assinado pelo Ministério Público e por 48 empresas que depositaram resíduos no local, visando executar obras e estudos, necessários à recuperação ambiental da área contaminada, e que tem apresentado avanços em iniciativas consideradas emergenciais. Neste sentido, ele recorda que, na semana passada, 22 das 48 empresas resolveram acatar exigências contidas em uma liminar e se comprometeram a custear a remoção imediata de um morador e de sua família de um sítio vizinho ao aterro.
O caso Mantovani, no entanto, segundo Lúcio Flávio, ainda apresenta muitos desafios pela frente, que podem ser resumidos na necessidade de um novo acordo que redunde na efetiva remediação da área, lembrando que tecnicamente o problema está equacionado, com todas as informações necessárias para as devidas tomadas de decisão.
Em sua apresentação, Luiz Antonio Brun falou sobre as áreas contaminadas no condomínio residencial Barão de Mauá, no município de Mauá, na indústria Solvay, em Santo André, e em uma unidade das Indústrias Químicas Matarazzo, em São Caetano do Sul. Ele fez um breve histórico das ações da CETESB em cada caso, abordando as autuações, as propostas apresentadas e a situação atual.
Entre outras informações, Brun destacou as ações desenvolvidas junto à Solvay, que tem muitas etapas já resolvidas, como o relativo ao confinamento geotécnico dos diques de cal, através de barreiras hidráulicas e recobrimento com argila e terra, além da conformação dos morros, devolvendo o aspecto original da área. Segundo Brun, no momento, estão sendo desenvolvidos os estudos de peixes e das águas do Rio Grande, para verificar se há algum tipo de contaminação desse rio.
Já Antonio Rivas, que recentemente foi transferido para a Gerência da Agência de Osasco mas que durante muitos anos foi gerente da Agência de Pinheiros, apresentou justamente sua experiência à frente desta última agência, enfocando o trabalho desenvolvido junto aos postos de gasolina atendidos pelos técnicos de Pinheiros.
Conforme avaliação dele, a Agência de Pinheiros é a que atende mais postos incluídos na relação de áreas contaminadas da CETESB. Em função disso, conforme explicou, a Agência de Pinheiros desenvolveu procedimentos diferenciados para tratar desse problema setorial, diferenciados, entre os quais ele inclui um atendimento integral, “avançando bastante nas ações de saneamento e remediação, antes de solicitar a colaboração das áreas de apoio da Companhia”. Entre outros benefícios, resultantes da adoção deste procedimento diferenciado com relação aos postos de gasolina, Rivas destacou a maior velocidade na condução dos casos.

Fonte: Cetesb – agência ambiental do Estado de São Paulo (www.cetesb.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Wanda Carrilho e Mário Senaga)
Fotos: Pedro Calado

 
 
 
 

 

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