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BRASIL QUER CENTRO DA CONVENÇÃO
DE ESTOCOLMO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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03/05/2005 - O Brasil
quer um Centro Regional da Convenção
de Estocolmo. A proposta será apresentada
pelo secretário-executivo do Ministério
do Meio Ambiente, Claudio Langone, durante a primeira
reunião dos países signatários
do acordo global, em Punta del Este (Uruguai), na
quinta e na sexta-feira. A instalação
de centros regionais é prevista pela convenção
para auxiliar na capacitação e na
cooperação tecnológica entre
os países signatários do texto.
A convenção prevê o fim da produção
e a eliminação gradual de uma série
de substâncias (veja abaixo), chamadas de
Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs). Nenhum
desses poluentes é produzido no Brasil de
forma intencional. Os POPs têm em sua composição
cloro e carbono e são gerados em processos
industriais ou de forma acidental durante a queima
incompleta de outros compostos. Sua principal característica
é permanecer no ambiente por longos períodos,
contaminando os seres vivos por meio da cadeia alimentar
e trazendo riscos à saúde.
Uma das dificuldades dos países das américas
Latina e Central é quanto à eliminação
dos POPs. Como Brasil e México são
os únicos países na região
a possuir incineradores, outros países tendem
a buscar esses meios para eliminar seus poluentes.
No entanto, o Brasil não pode aceitar resíduos
de outros países. Pode cooperar, apenas,
com assistência técnica ou tecnológica.
O País ratificou a convenção
em junho do ano passado, mas, desde os debates para
o lançamento do acordo, em 1995, vem adotando
medidas para combater os POPs e cumprir todos os
princípios do texto. Entre elas, se destacam
o fim da produção de todos os poluentes
descritos na convenção, a elaboração
de perfis nacionais sobre substâncias químicas
e POPs, o desenvolvimento de um invetário
nacional sobre áreas contaminadas, o levantamento
do estoque de produtos químicos obsoletos
e a inclusão, no PPA, de um programa voltado
à segurança química.
Também estão previstas na convenção
medidas para controle da produção,
importação, exportação,
disposição, uso e descarte final das
substâncias. Além disso, determina
que os governos promovam melhorias tecnológicas
para sua substituição, sempre evitando
o desenvolvimento de novos POPs.
Até o fim do ano, o Brasil deverá
enviar ao Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF,
sigla em inglês) a sua proposta para o Plano
Nacional de Implementação da Convenção.
O plano irá prever o controle de substâncias
produzidas intencionalmente, mudanças tecnológicas,
inventários sobre fontes geradoras de POPs,
recuperação de áreas contaminadas,
entre outros.
Para auxiliar países em desenvolvimento a
eliminar os POPs, a Convenção obriga
as nações desenvolvidas a fornecerem
assistência técnica, tecnologia e recursos.
Mais sobre a convenção em www.pops.int
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom (Aldem Bourscheit)