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GREENPEACE ENCERRA EXPEDIÇÃO BRASIL NÃO É NUCLEAR NO PARQUE DO IBIRAPUERA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2005

08.05.2005 - Um ensolarado fim de semana de Dia das Mães na Praça da Paz do Parque do Ibirapuera. Data e local perfeitos para a Mãe Natureza ganhar um belo presente: a comunhão de centenas de pessoas que lutam para que o Brasil siga um caminho pacífico e ecológico, garantindo um futuro menos problemático para as próximas gerações. Foi um encerramento da Expedição Brasil Não É Nuclear, do Greenpeace, que percorreu 18 cidades em 10 estados e escolheu São Paulo para dar cores finais à primeira fase da campanha contra Angra 3 e a retomada do programa nuclear brasileiro.

A partir de agora, a campanha será mais focada em monitorar o governo federal e mobilizar organizações da sociedade civil. O ministro da Casa Civil, José Dirceu, deve apresentar novo relatório favorável à construção de Angra 3, como ele mesmo já anunciou, na próxima reunião do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), que ainda não está marcada. A preocupação é de que sejam ignorados os pareceres dos ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia, que são contrários à construção de Angra 3.

A ministra Marina Silva ressaltou, em seu parecer, a questão do lixo radioativo e Dilma Rousseff alertou que o Brasil não precisa de uma energia tão cara, além de representar apenas 2% da matriz energética brasileira.
A decisão final será do presidente Lula, já que seu ministério está dividido. “Esperamos que prevaleça o bom senso e que sejam considerados os inúmeros riscos que o uso da energia nuclear traz, como o perigo de vazamentos e a geração de resíduos radioativos - prejuízos ambientais que se prolongam durante anos. Também desejamos que a vontade dos brasileiros seja respeitada, afinal, segundo pesquisa do Iser (Instituto de Estudos da Religião), 80% dos brasileiros é contra a retomada do projeto nuclear”, afirmou Marcelo Furtado, diretor de campanhas do Greenpeace.

Fim da expedição

Os dois últimos dias da expedição do Greenpeace reuniu ativistas, ambientalistas, políticos, estudantes e curiosos em geral, todos preocupados com a intenção do governo de se aventurar pelo perigoso e caro caminho nuclear. "Numa democracia, as causas ecológicas têm que ter voz e visibilidade. O silêncio deixa espaço para aqueles que têm mais ousadia política e acabam ocupando esse espaço", afirmou Eduardo Jorge, secretário municipal do Verde e Meio Ambiente. "É importante essa mobilização para que os políticos ouçam nossa opinião. Apostar na energia nuclear é ter mentalidade colonizada. Temos alternativas próprias, que permitem o aproveitamento do sol, do vento, da biomassa, para gerar energia em quantidade e com qualidade."
Para Eduardo Jorge, o Brasil não deveria procurar seu espaço na cena política mundial querendo se colocar como protagonista a partir de uma posição de força. "O que o mundo precisa no momento é de países que tenham propostas inovadoras, não modelos ultrapassados como a geração de energia nuclear."

A professora de artes Mariana Menezes concorda: "Juntando o maior número de pessoas, podemos fazer com o que os poderosos vejam que muitos estão preocupados com a possibilidade do país construir Angra 3", afirmou ela, que levou sua filha Marcela, de 3 anos, ao parque para aprender um pouco sobre as causas ecológicas. "Esse assunto é muito sério e pode afetar nosso futuro. Por isso trouxe minha filha, pra ela saber que tem gente que luta contra esse tipo de iniciativa anti-ecológica."

A estudante Joana Scheer Loayza, sócia do Greenpeace desde janeiro, foi uma das primeiras a chegar ao parque no domingo para dar seu apoio à campanha. "O homem já estragou muito o mundo, agora é o momento de pensarmos o que podemos fazer para preservá-lo. O planeta não precisa de mais uma usina nuclear", afirmou Joana.

O presidente Lula já recebeu dois relatórios do Greenpeace que tratam dos principais problemas das usinas nucleares em operação no mundo hoje – um deles específico sobre Angra 3. Agora, com o fim da Expedição Brasil Não É Nuclear, Lula receberá os banners com as mensagens de milhares de pessoas que atenderam ao chamado do Greenpeace contra a 'aventura nuclear'. Que o presidente tenha o bom senso de atender à opinião pública brasileira, que é em sua maioria contra a construção de mais uma usina nuclear no país. O Brasil é rico em fontes renováveis de energia – mais limpas, seguras e baratas – e pode ser vanguarda mundial no desenvolvimento delas. É disso que a Mãe Natureza precisa, não de Angra 3.
Continuamos contando com a colaboração da população, que pode participar da nossa ciberação, enviando uma mensagem ao presidente ou encaminhando o cartão virtual.

Fonte: Greenpeace- Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
Fotos: Greenpeace

 
 
 
 

 

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