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NESTE ANO 11 ANIMAIS FORAM
ATROPELADOS NO PARQUE DOS PODERES
Panorama
Ambiental
Campo Grande (MS) – Brasil
Maio de 2005
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12/05/2005 – O fluxo
intenso de veículos em alta velocidade é
apontado como a principal causa de atropelamentos
de animais silvestres no Parque dos Poderes, na
opinião do coordenador do Cras (Centro de
Reabilitação de Animais Silvestres),
Vinicius Andrade. Durante todo o ano passado morreram
cerca de 80 animais e de janeiro até maio
deste ano, outros onze já foram atropelados,
informa as placas afixada pela Secretaria de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) nos dois
principais acessos ao parque, pelas avenidas Mato
Grosso e Afonso Pena.
Vinícius argumenta que os motoristas não
respeitam a velocidade máxima de 60km/h permitida
pela lei, indicada nas placas em todo o parque.
Os traçados das ruas, sem esquinas e redutores
de velocidade, favorecem o abuso da velocidade por
parte dos condutores.
Dezenas de animais silvestres como quatis, cotias,
tatus, tamanduás e até cervídeos
abrigam-se nas matas do Parque dos Poderes e no
Parque Estadual do Prosa, que somam uma área
superior a 200 hectares, constituindo a maior reserva
ambiental localizada em área urbana no país.
Segundo Vinicius, é nos fins de semana que
acontece o maior número de atropelamentos.
“A pista sem muito tráfego colabora para
o abuso de velocidade por parte dos motoristas que
circulam no parque”, comenta. Se o Cras fosse informado
imediatamente após o acidente, Vinícius
acredita que boa parte dos casos não seria
fatal.
Dentre os animais silvestres que habitam o parque,
os números mostram que os quatis e as cotias
são os mais atingidos nos atropelamentos.
Os animais feridos encontrados ainda com vida são
encaminhados ao Cras para receberem os devidos cuidados
e depois devolvidos ao parque. Já os que
não sobrevivem são doados à
UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)
para pesquisas nas áreas biológicas.
O secretário de Estado de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul,
José Elias Moreira, já pediu a implantação
de semáforos ou redutores de velocidades
ao longo das ruas do parque, com o objetivo de diminuir
o alto índice de atropelamentos.
Fonte: Secretaria Estadual do Meio
Ambiente do Mato Grosso do Sul (www.sema.ms.gov.br)
Assessoria de imprensa