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BRASIL TEM CERCA DE 30
PROJETOS PARA REDUZIR EMISSÃO DE
GASES POLUENTES
Panorama
Ambiental
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil
Maio de 2005
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20/05/2005 - O Brasil
tem muito interesse de estar à frente das
propostas que permitam reduzir a emissão
de gases poluentes e o efeito estufa na atmosfera,
contidas no Protocolo de Quioto, assinado em 1997,
mas que só entrou em vigor no ao passado
com a adesão da Rússia. De acordo
com o assessor do Ministério da Ciência
e Tecnologia, Mauro Meirelles, existem atualmente
no país cerca de 30 projetos em andamento
nas áreas de meio ambiente, condições
sanitárias, e reflorestamento.
Esses projetos são financiados por um mecanismo
criado no Protocolo de Quioto, que permite aos países
desenvolvidos, considerados os maiores responsáveis
pela poluição atmosférica,
financiar projetos em outros países e adquirir
em troca um certificado de carbono que poderá
ser negociado no mercado (créditos de carbono).
O formato desse certificado e o modelo da negociação
ainda estão em estudo.
Meirelles explicou que esse é um investimento
de longo prazo, mas pode causar efeito positivo
imediato em países em desenvolvimento como
o Brasil que, de acordo com o protocolo, não
tem metas de redução na emissão
de gás.
"A vantagem para o Brasil é atrair investimentos
desses países desenvolvidos no sentido de
realizar projetos que aumentem a renda, a oferta
de emprego, melhorem a qualidade do ar, tragam mais
tecnologia de controle nas condições
sanitárias, ao mesmo tempo em que contribuem
para a redução do aquecimento global",
ressaltou.
Segundo o assessor, desde 2000 os países
podem apresentar propostas que se enquadrem nas
regras do Protocolo de Quioto. Ele disse que o Brasil
é autor do primeiro projeto de desenvolvimento
limpo. O projeto foi desenvolvido em Nova Iguaçu,
baixada fluminense, numa área onde antes
funcionava um lixão e hoje existe um aterro
controlado. Ali, o gás metano – vinte uma
vezes mais poluidor que o gás carbônico
– está sendo aproveitado para gerar energia
elétrica.
"A comunidade já sente, porque não
há mais catadores de lixo na área;
as pessoas foram empregadas em projetos de reflorestamento
e os lençóis d’água não
são mais prejudicados. Esse é um benéfico
imediato e quem fez esse investimento está
pensando mais à frente, nos ganhos com a
venda dos certificados em carbono", disse Meirelles.
Ele participa no Rio de um seminário sobre
o assunto promovido pelo Instituto Brasileiro de
Executivos em Finanças (Ibre-Rio).
O Protocolo de Quioto prevê que, de 2008 a
2012, a média de gases poluentes na atmosfera
seja 5% menor que o índice registrado em
1999. Atualmente, essa taxa já está
15% acima da verificada naquele ano. Os Estados
Unidos, um dos países mais poluidores do
ar atmosférico do mundo, não firmaram
o compromisso.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Daisy Nascimento