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EQUIPAMENTO DA UFRGS REAPROVEITA ATÉ 80% DE ÁGUA UTILIZADA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005

18/05/2005 O equipamento é utilizado para o tratamento e reuso otimizado de efluentes líquidos urbanos e industriais.
Uma inovação oferece alternativa a empresas e outras organizações que consomem grandes quantidades de água diariamente, como postos de gasolina, empresas de ônibus e de aviação, transportadoras e revendas de automóveis. Desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia Mineral e Ambiental (LTM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), trata-se de um equipamento que alia praticidade e economia, com técnicas de floculação e flotação, que já vem sendo utilizado no reuso de águas de lavagem de veículos, removendo óleos, graxas, sólidos e tensoativos (espumantes).
O equipamento, um dos vencedores do Prêmio Finep Inovação 2004, teve o apoio do CNPq por meio do Programa Institutos do Milênio e está exposto no stand do Ministério da Ciência e Tecnologia na Globaltech – Feira de Ciência, Tecnologia e Inovação, evento que se realiza em Porto Alegre até 22 deste mês.
As técnicas e os equipamentos de floculação e flotação foram desenvolvidos pelo coordenador do LTM, Jorge Rubio, com seus alunos, engenheiros Jailton Joaquim da Rosa e Roberto Carlos Beal. O processo de patenteamento foi acompanhado pelo Escritório de Interação e Transferência de Tecnologia (EITT) da UFRGS, e o pedido foi concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
O trabalho consumiu cerca de 18 meses e resultou num equipamento que alia praticidade e economia. Feitas as contas, a economia em litros e reais proporcionada pelo equipamento, batizado FF, é sucesso na aceitação e comercialização do produto. Uma empresa de ônibus com uma frota de 140 veículos, por exemplo, consome em média cerca de dois mil metros cúbicos de água por mês e desembolsa em torno de R$ 21 mil. Com o novo equipamento, que permite o reaproveitamento de até 80% da água utilizada, as despesas caem para cerca de R$ 5 mil por mês, computados os custos com energia elétrica e os produtos químicos utilizados para a limpeza (retorno do investimento em quatro meses de uso).
Até agora, foram desenvolvidos três modelos de tamanhos diferentes, com preços que variam entre R$ 30 mil e R$ 55 mil. Para empresas de pequeno porte, o retorno é um pouco mais demorado. As estimativas, para os postos de gasolina que oferecem lavagem de carros, é de cerca de 12 meses para recuperar o que investiram. Mesmo assim, as distribuidoras estarão levantando uma bandeira ecológica, reduzindo a emissão de poluentes no meio ambiente e racionando a água.
O volume de água hoje consumido é grande. No Brasil, são cerca de 32.700 postos de combustíveis, sendo que 47 % encontram-se no Sudeste, 21 % no Sul, 17% no Nordeste e 10% na região Centro-oeste. Estima-se que 75 % deles têm postos de lavagem. O consumo de água é de cerca de 3 milhões e 700 mil metros cúbicos por mês, o equivalente ao que uma cidade de 600 mil habitantes consome em 30 dias. Em Porto Alegre, são 480 postos de lavagem, incluindo postos de gasolina, empresas de ônibus, transportadoras e revendas de carros.

Royalties

A Aquaflot, empresa formada por um grupo de ex-pesquisadores do LTM, e o EITT firmaram em 2002 um contrato que prevê o pagamento de royalties de 1% para a Universidade sobre o faturamento bruto com a venda de cada equipamento. Além disso, há um protocolo de intenções assinado entre a Aquaflot e o LTM, garantindo o repasse de 1% do faturamento bruto da empresa para a UFRGS. Hoje, este repasse está sendo feito via UFRGS/FAURGS, e fica no valor de R$ 300.000,00 no período de 5 anos.
Assim, a universidade produz pesquisa básica e tecnológica, e como não é objetivo (não é permitido) chegar ao fim da linha, comercializando os inventos, pode estabelecer parcerias com empresas para desenvolver equipamentos aplicados e colocá-los no mercado. Para a Aquaflot, o trabalho conjunto com o laboratório permite a atualização dos conhecimentos e o contato permanente com uma equipe altamente qualificada. O repasse dos lucros é uma maneira de retribuir o ensino recebido de uma Universidade pública e gratuita.

Fonte: MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Assessoria de imprensa (CNPq)

 
 
 
 

 

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