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SERYS DIZ QUE HOUVE AUMENTO
DE 6% NO DESMATAMENTO EM MATO GROSSO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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20/05/2005 A senadora
Serys Slhessarenko (PT-MT) criticou, nesta sexta-feira
(20), o desmatamento no Mato Grosso, questão
que, segundo ela, tornou-se um "verdadeiro
horror" promovido pelo governador de Mato Grosso,
Blairo Maggi. Ela citou levantamento feito pelo
governo federal, mostrando que, entre agosto de
2003 e agosto de 2004, foram desmatados 26.140 mil
quilômetros quadrados, representando um aumento
de 6% em relação ao verificado entre
os anos de 2002 e 2003.
- O governo tinha a expectativa de que houvesse
um aumento de apenas 2% da taxa de desmatamento
no período, de acordo com as previsões
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
mas se cinco dos sete estados da Amazônia
reduziram a taxa de desmatamento, em Mato Grosso
e Rondônia se registraram alta de 20% e 23%,
respectivamente. Um verdadeiro horror! - afirmou.
Segundo a senadora, os inimigos da floresta, em
Mato Grosso, têm nome, sobrenome, CPF e endereço
conhecido e é apontado pela mídia
internacional como o "inimigo das florestas,
o destruidor supremo da natureza em nosso país".
Serys se referiu ao próprio governador Blairo
Maggi, o maior produtor individual de soja do mundo.
- Enquanto as árvores caíam na floresta,
o grupo do agronegócio de Maggi comemorava
aumentos de 28% no faturamento. É por isto
que afirmo que estes índices tão escandalosos
não acontecem à toa. Tudo isto é
resultado da ação do inimigo da floresta,
do belzebu do desmatamento - disse.
Em aparte, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou
que esteve nesta quinta-feira (19) em Mato Grosso,
como presidente da Comissão Parlamentar Mista
da Terra (CPMI da Terra), para ouvir depoimentos
sobre a questão do desmatamento na região.
- É uma devastação irresponsável
que se faz, utilizando pessoas humildes que precisam
trabalhar - disse Alvaro Dias.
Petrobras Serys elogiou a iniciativa da Petrobras,
que está finalizando estudos para a implantação
de uma separadora de gás, no Centro-Oeste,
para aproveitar o gás natural importado da
Bolívia na produção de uréia
e amônia, componentes empregados na indústria
de fertilizantes.
- Essa notícia da nova fábrica da
Petrobras é , sem dúvida nenhuma,
uma boa nova para quem vive na região Centro-Oeste,
porque onde quer que ela venha a se instalar, ela
surgirá para dotar de um novo impulso o nosso
ciclo de desenvolvimento, beneficiando a nossa pecuária,
nossa produção agrícola, e
garantindo, certamente, uma melhoria das condições
de vida de toda a nossa população
- afirmou.
No entanto, a melhor opção para a
instalação da fábrica, segundo
a senadora, é o Mato Grosso, por tratar-se
de um pólo que se transformou numa grande
locomotiva de desenvolvimento nacional, por meio
de pesquisa, investimento produtivo, e parceria
entre os mato-grossenses e os sulistas que se transferiram
para aquela região.
- Temos lá ainda muitas dificuldades a superar,
mas com a chegada da fábrica da Petrobras,
as coisas haverão de ficar mais fáceis.
Uma obra como essa surge como um grande impulso,
como o reconhecimento de todo este dedicado trabalho
que vem se dando em Mato Grosso - destacou.
A senadora disse ainda que a instalação
da fábrica é uma grande oportunidade
para que o Brasil faça uma parceria com a
Bolívia, contribuindo para a consolidação
do Mercosul.
Fonte: Agência Senado (www.senado.gov.br)
Assessoria de imprensa