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SINDICALISTA DIZ QUE TAXAÇÃO
DO GNV PUNIRÁ REVENDEDORES DO COMBUSTÍVEL
Panorama
Ambiental
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil
Maio de 2005
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19/05/2005 - O diretor
do setor de Gás Natural Veicular do Sindicato
do Comércio Varejista de Combustíveis
(Sindcomb), Gustavo Sobral de Almeida, disse hoje
que a possibilidade levantada pelo Ministério
de Minas e Energia (MME) de desincentivo ao uso
de Gás Natural Veicular (GNV) no país
significa uma punição ao setor de
revenda, que apostou nesta alternativa de combustível.
A medida resultaria da aprovação pelo
governo boliviano da Lei de Hidrocarbonetos, que
eleva de 18% para 50% os impostos cobrados das empresas
estrangeiras que exploram petróleo e gás
naquele país, entre as quais a Petrobrás,
e que implicará no aumento do preço
do gás natural importado pelo Brasil.
Almeida disse que o GNV escreve uma história
de sucesso no país. "São R$ 10
bilhões investidos, 100 mil empregos e 920
mil veículos (convertidos)". O setor,
conforme frisou, contribui com investimentos, emprego
e meio ambiente, sendo o combustível "um
produto menos adulterável, menos sujeito
à sonegação, que vem contribuindo
bastante para o desenvolvimento do país".
O dirigente sindical informou que o consumo de GNV
é baixo, representando só 10% do volume
de gás natural consumido no país.
O combustível é um elemento de integração
regional, na medida em que ajudou a expandir redes
de abastecimento, levando o gás para o interior.
"Os postos serviram de âncora para esse
crescimento da rede", afirmou Almeida.
Ele disse que espera que o Governo Federal, por
meio do MME, reveja essa posição,
tendo em vista que o país descobriu muito
gás natural recentemente. "Espero que
o governo acelere os planos de investimento para
que não falte nem gás para os carros
nem para outras formas de utilização
que são necessárias". Considerou
ainda que será prejudicial para o mercado
a possível restrição do uso
do GNV só para o transporte coletivo, porque
se trata de um mercado em franca expansão,
que cresceu muito nos últimos anos e trouxe
benefícios para o consumidor até devido
ao aumento do preço do petróleo.
O diretor do Sindcomb acrescentou que o gás
é menos suscetível às oscilações
de preço, ao contrário do que ocorre
em relação ao álcool, por exemplo,
que varia de acordo com as safras, com o preço
do açúcar, com demanda internacional.
"O gás sofre menos essas interferências",
lembrou. Almeida defendeu também que o gás
natural produzido no Brasil seja consumido no país.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Alana Gandra