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WWF DOA US$ 3,3 MILHÕES
PARA AMAZÔNIA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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O
investimento é destinado à proteção
da biodiversidade da região. O anúncio
foi feito em solenidade ocorrida no Palácio
do Planalto em celebração ao Dia Mundial
da Biodiversidade, comemorado em 22 de maio.
20/05/2005- O secretário
geral da rede ambientalista WWF, Claude Martin,
anunciou hoje a doação de 3,3 milhões
de dólares (cerca de 8,25 milhões
de reais) para o Brasil investir na proteção
da biodiversidade da Amazônia. O anúncio
foi feito durante solenidade ocorrida no Palácio
do Planalto em celebração ao Dia Mundial
da Biodiversidade (22 de maio), ocasião em
que o presidente Lula destacou os resultados do
Programa Áreas Protegidas da Amazônia
(Arpa), uma iniciativa do governo federal cuja finalidade
é implementar uma rede de parques e reservas
- chamadas unidades de conservação
- para proteger 50 milhões de hectares da
diversidade biológica da região amazônica,
uma área equivalente à superfície
da Espanha.
Os recursos doados pelo WWF se destinam ao Fundo
de Áreas Protegidas (FAP), um fundo de capitalização
permanente, administrado pelo Fundo Brasileiro para
a Biodiversidade (Funbio), cuja finalidade é
assegurar o funcionamento das unidades de conservação
implantadas pelo Arpa. Essa contribuição
será complementada por um aporte de igual
valor feito pelo Fundo Global para o Meio Ambiente
(GEF), totalizando 6,6 milhões de dólares.
Além desses 3,3 milhões de dólares,
o WWF informou que outros 6,7 milhões de
dólares serão captados para serem
repassados ao FAP até julho de 2007.
Durante a solenidade, a Ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, informou que o Arpa superou a meta
inicial de criar 9 milhões de unidades de
conservação de proteção
integral - áreas que não admitem a
extração de recursos naturais em seu
interior. Essa conquista foi alcançada em
março último, dois anos antes do previsto,
com a criação da Estação
Ecológica da Terra do Meio, com 3,3 milhões
de hectares, e do Parque Nacional do Pardo, com
445 mil hectares, ambas no sudeste no Pará.
Desde o seu início, em agosto de 2002, o
ARPA viabilizou a criação de 23 unidades
de conservação, totalizando aproximadamente
16 milhões de parques e reservas na Amazônia.
Programa
busca US$ 240 milhões para áreas protegidas
A passagem do Dia
da Biodiversidade foi marcada também pela
divulgação da estratégia de
captação de novos recursos para financiar
o Arpa. Anunciada pelo Ministério do Meio
Ambiente e pelos parceiros do Programa Áreas
Protegidas da Amazônia, essa estratégia
tem o objetivo de levantar 240 milhões de
dólares até 2013 para o Fundo de Áreas
Protegidas (FAP).
Gerenciado pelo Funbio - uma organização
da sociedade civil, com reconhecida experiência
na gestão de investimentos para projetos
ambientais -, o FAP tem a função de
prover recursos financeiros para investir na manutenção
dos parques e reservas beneficiados pelo Arpa. Sua
estratégia é formar um capital básico
permanente que, investido no mercado financeiro,
produzirá os rendimentos necessários
para financiar as atividades das unidades de conservação
ao longo dos anos. "É como uma poupança
destinada a manter as unidades de conservação,
impedindo que o investimento feito pelo ARPA em
sua estruturação não se deprecie
com o tempo", explica Denise Hamú, secretária
geral do WWF-Brasil e integrante do Comitê
de Captação de Fundos do Arpa.
"Esta nossa contribuição representa
um reconhecimento ao Brasil pelo progresso que tem
feito no âmbito de seu compromisso com o fortalecimento
das áreas protegidas na Amazônia",
destacou o vice-presidente do WWF-Estados Unidos,
Guillermo Castilleja. "Com isso, o WWF espera
inspirar outros doadores públicos e privados
a se juntarem a nós nesse esforço
para proteger a biodiversidade e as populações
da Amazônia", finalizou Castilleja.
O que é
o Arpa
O Arpa é um
programa do Governo Federal cuja finalidade é
proteger uma amostra representativa das diferentes
paisagens do bioma Amazônia, criando e consolidando
ao menos 50 milhões de hectares de unidades
de conservação na região. O
programa contempla cinco categorias de unidades
de conservação: parques, reserva biológica,
estação ecológica, reserva
extrativista e reserva de desenvolvimento sustentável.
Por serem áreas públicas, onde o uso
dos recursos naturais segue regras específicas
de manejo, as áreas protegidas representam
um instrumento eficaz para ordenar a ocupação
do território e conter o desmatamento decorrente
do avanço de frentes econômicas. "Combinadas
com outras políticas, a criação
de áreas protegidas pode ter um papel fundamental
na redução dos elevados níveis
de desmatamento que ocorrem na Amazônia brasileira",
sintetiza a secretária geral do WWF-Brasil,
em alusão à taxa anunciada pelo Ministério
do Meio Ambiente no último dia 18. Segundo
essa taxa, 26.130 quilômetros quadrados de
florestas foram eliminadas entre agosto de 2003
e agosto de 2004.
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente
(MMA) e Ibama, o Arpa é implementado em parceria
com governos estaduais e municipais, com o Fundo
Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), o Fundo
Global para o Meio Ambiente (GEF), o Banco Mundial,
o KfW (banco de cooperação do governo
da Alemanha), a GTZ (agência de cooperação
técnica do governo da Alemanha) e a organização
ambientalista WWF-Brasil. Para alcançar sua
meta, o programa prevê investir US$ 400 milhões
ao longo de dez anos (2003-2013).
Fonte: WWF-Brasil (www.wwf.org.br)
Assessoria de imprensa