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PINGUELLI ROSA ALERTA PARA
CONCENTRAÇÃO DE MERCÚRIO
NO GÁS NATURAL
Panorama
Ambiental
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil
Maio de 2005
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25/05/2005 - A criação
de uma regulamentação voltada ao uso
do gás natural e de outros combustíveis,
que destaque os problemas oriundos da contaminação
do mercúrio, foi defendida hoje pelo coordenador
do Programa de Planejamento Energético (PPE)
da Coordenação de Programas de Pós-Graduação
de Engenharia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (Coppe/UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa.
O nível de concentração de
mercúrio no gás natural, admitiu Pinguelli
Rosa, é baixo no país, mas a difusão
do uso desse combustível traz um elemento
adicional que deve ser cuidado: "Mesmo baixa,
a concentração pode ter efeitos no
meio ambiente e na saúde, e já tem
efeito nos equipamentos". O mercúrio,
explicou, causa desgaste nas turbinas e geradores,
por exemplo.
O especialista advertiu que também o uso
em larga escala de lâmpadas fluorescentes
exige cuidado, porque a maioria desses produtos
contém uma quantidade considerável
de mercúrio e essas lâmpadas "tornam-se
perigosas quando se quebram".
Ele lembrou que os Estados Unidos são grandes
emissores de mercúrio, que se mistura na
atmosfera e aí permanece por um prazo superior
a duas semanas, espalhando-se com ajuda dos ventos
fortes por áreas muito grandes. Segundo Pinguelli
Rosa, a tendência é que o mundo caminhe
em breve para um acordo internacional sobre o mercúrio.
A Coppe, em parceria com o Centro de Tecnologia
Mineral da UFRJ, já vem desenvolvendo estudos
a respeito. E a Petrobras, acrescentou, já
estabeleceu uma cláusula de limite de concentração
de mercúrio no gás adquirido da Bolívia
(0,6 micrograma por metro cúbico).
Na opinião do especialista, o Brasil deve
avançar no sentido de criar normas abrangentes
para o mercúrio sob as mais variadas formas,
incluindo as águas e os peixes consumidos
como alimento pela população, para
evitar contaminação. "Há
necessidade de alertar e ensinar as pessoas sobre
como proceder em relação a todos os
materiais", salientou.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Alana Gandra