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PROJETO PEIXE-BOI PARTICIPA
DE FORÇA TAREFA DE FISCALIZAÇÃO
NO PIAUÍ
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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A unidade executora
do Projeto Peixe-Boi no Piauí está
participando de uma força tarefa de fiscalização
na costa do município de Cajueiro da Praia,
naquele Estado. Todos os meses, até o final
deste ano, um grupo formado por fiscais do escritório
regional do Ibama do Parnaíba, funcionários
da APA do Delta do Parnaíba e do Projeto
Peixe-Boi irão percorrer toda a costa do
município de Cajueiro da Praia a fim de acabar
com a pesca predatória, que prejudica os
pescadores artesanais da região e o peixe-boi.
Até agora já aconteceram duas saídas
de campo para fiscalização. A primeira
em abril e a segunda, ocorrida entre os últimos
dias 5 e 7, quando foram abordadas oito canoas e
16 pescadores, com uma apreensão de 615 metros
de rede de pesca ilegal.
“A estratégia de fiscalização
vai variar a cada saída, tanto no percurso
quanto na metodologia empregada. Além disso,
as datas não serão reveladas, para
que consigamos surpreender os pescadores e assim
conter este tipo proibido de pesca na região”,
afirma o responsável técnico do Projeto
peixe-Boi no Piauí, Magnus Severo.
Sobre a participação do Projeto na
força tarefa, Severo explica, “nós
articulamos junto com a Prefeitura Municipal de
Cajueiro da Praia e conseguimos hospedagem e alimentação
para os fiscais do Ibama. Além disso, estamos
cedendo uma lancha, cinco funcionários e
equipamentos, como mapas, máquina fotográfica
e um aparelho GPS”.
O Projeto Peixe-Boi é executado pelo Centro
Mamíferos Aquáticos/Ibama em co-gestão
com a Fundação Mamíferos Aquáticos
e patrocínio oficial da Petrobras.
No Piauí, ao contrário dos outros
estados onde há ocorrência dessa espécie
criticamente ameaçada de extinção,
os filhotes nascem e continuam do lado da mãe,
sendo amamentados nos primeiros dois anos de vida
por que há uma maior preservação
dos habitats. Por isso, o principal alvo de fiscalização
será o Estuário do Rio Timonha, no
município de Cajueiro da Praia, berçário
natural e área de alimentação
dos peixes-bois na região. O município
foi o primeiro no Brasil a conceder ao peixe-boi
marinho o título de patrimônio natural
da cidade.
Na última expedição que contabilizou
os peixes-bois na costa nordestina, há 11
anos, o município contava com 15 indivíduos
da espécie, mas de acordo com Magnus Severo,
“podemos afirmar, sem medo, que este número
dobrou. Aqui não há registro de encalhe
ou morte de peixes-bois e podemos observar que nos
últimos três anos vem nascendo, no
mínimo, três animais por ano”.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Luís Boaventura