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ESPECIALISTAS ELOGIAM PROJETO
QUE PREVÊ CONCESSÃO DE FLORESTAS
PÚBLICAS
Panorama
Ambiental
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil
Junho de 2005
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A proposta do Ministério
do Meio Ambiente de realizar concessões de
florestas públicas para empresas privadas
foi elogiada hoje, no Rio de Janeiro, pelo coordenador
da Área de Meio Ambiente e Ciência
da Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência
e Cultura (Unesco) no Brasil, Celso Schenkel. O
projeto de lei que regulamenta a gestão de
florestas públicas encontra-se atualmente
em discussão na Câmara Federal.
Engenheiro florestal, Schenkel disse hoje à
Agência Brasil, durante o 1º Congresso
Ibero-Americano sobre Desenvolvimento Sustentável,
que as concessões florestais que acontecem
em países como o Canadá, por exemplo,
são uma forma de disciplinar a exploração
florestal e fazer com que o Estado legisle sobre
isso, comande as ações e controle.
"Então, é uma forma de otimizar
técnicas de manejo sustentável que
hoje em dia não são sustentáveis.
A aplicação dessas técnicas,
a avaliação e o monitoramento dessa
aplicação são o mais fundamental.
Tem que ter a capacidade de fiscalizar se isso é
corretamente utilizado", diz ele.
A opinião é compartilhada pelo presidente
executivo do Conselho Empresarial Brasileiro para
o Desenvolvimento Sustentável( Cebds), Fernando
Almeida, promotor do congresso. "É uma
tentativa importante". Segundo Almeida, o conceito
básico da concessão florestal é
que o uso tem que garantir a biomassa em pé.
Em segundo lugar, o uso da biodiversidade e da biotecnologia
deve ser feito de tal forma que possa ser compartilhado
entre a população local, embora também
prevendo abertura à participação
de parceiros externos, sejam entidades de pesquisa,
organismos internacionais ou empresas nacionais
e estrangeiras, "desde que se utilize de uma
forma correta e honesta e dê o retorno devido
às pessoas que vivem no local".
Fernando Almeida defendeu que a biodiversidade e
a biotecnologia têm que ser utilizadas como
instrumento de reversão da miséria
que ainda vigora no Brasil. Ele lembrou que a tendência
é que se verifique uma precificação,
isto é, a valorização monetária
dos serviços ambientais, o que evitará
o desperdício dos recursos naturais como
a água.
Fonte: Agência Brasil – Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Alana Gandra