 |
INTERVENTOR DIZ QUE INVESTIGAÇÕES
NO IBAMA AINDA NÃO TERMINAM
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005
|
 |
03/06/2005 - O interventor
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis (Ibama) no Mato Grosso,
Elielson Ayres, disse que as investigações
que resultaram na prisão de 47 funcionários
do órgão ainda não terminaram
e que outros esquemas já foram identificados.
"Além das irregularidades que surgiram
ontem há outras que são tão
grandes quanto", afirmou Ayres.
Segundo ele, essas investigações estão
sendo feitas sob sigilo e podem resultar em novas
ações. "Só vai chegar
a conhecimento público quando tomarmos as
medidas cabíveis", informou.
De acordo com o interventor, que é procurador
federal da Advocacia Geral da União (AGU),
30 funcionários do Ibama de outros estados
foram deslocados para Cuiabá para ajudar
no processo de reorganização do órgão.
O atendimento ao público foi suspenso, mas
deve ser normalizado na segunda-feira.
Ontem (2), 47 funcionários do Ibama do Mato
Grosso foram presos durante a Operação
Curupira, realizada pela Polícia Federal
e pelo Ibama. Os servidores presos são suspeitos
de participar de um esquema de retirada e transporte
ilegal de madeira em Mato Grosso que vinha sendo
investigado há 20 meses. Também faziam
parte do esquema madeireiros e despachantes. Até
agora, mais de 80 pessoas já foram presas
segundo a Polícia Federal do Mato Grosso.
Durante os dois meses em que o Ibama do estado vai
ficar sob intervenção, Ayres disse
que os novos funcionários vão ser
responsáveis por avaliar a documentação
apreendida na Operação Curupira. Eles
também vão tomar conhecimento dos
processos que estão paralisados e tomar medidas
para retomar as atividades.
Elielson Ayres disse que vai ser feito também
um levantamento da estrutura montada pela quadrilha,
como os caminhões e equipamentos usados para
a retirada e o transporte ilegal de madeira. O valor
desses bens deverá entrar no pedido de indenização
dos danos causados pela quadrilha, que atuava há
mais de dez anos. "Estamos fazendo a verificação
patrimonial para, através de uma ação
específica da nossa procuradoria, responsabilizá-los
e buscar isso para recomposição do
dano ambiental", explicou o interventor.
Fonte: Agência Brasil – Radiobras
(www.radiobras.gov.br)
Cecília Jorge