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REQUIÃO LANÇA
PACOTE DE MEDIDAS ECOLÓGICAS
Panorama
Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Junho de 2005
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O governador Roberto
Requião manifestou apoio total à iniciativa
do Ministério do Meio Ambiente em criar cinco
unidades de conservação federais para
proteção e recuperação
da floresta com araucárias. Em defesa das
áreas, o governador lembrou que, em 100 anos,
foram dizimadas 97% das florestas do Estado. “Alguém
ainda tem coragem de não querer os parques
diante desse quadro?”, questionou. A postura de
Requião foi elogiada em carta enviada pela
ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A defesa da criação dos parques na
região dos Campos Gerais foi feita por Requião
na reunião semanal com o secretariado, nesta
terça-feira (31), quando lançou o
chamado “pacote verde”, composto por decretos, convênios
e resoluções, que marcou a abertura
das comemorações da Semana do Meio
Ambiente no Paraná. Participaram da reunião
a consultora do Ministério do Meio Ambiente,
Tereza Urban, o coordenador de florestas de araucárias,
do mesmo ministério, Maurício Sávio,
e o deputado estadual Neivo Beraldin, autor da lei
estadual do ICMS ecológico, que incentiva
preservação ambiental nos municípios.
Para o secretário do Meio Ambiente, Luiz
Eduardo Cheida, o pacote verde traduz o anseio e
a importância com que o governo do Paraná
dá prioridade à preservação
ambiental no Estado. Segundo o secretário,
o governador é um defensor do equilíbrio
ambiental até por questões econômicas
e de defesa do produtor rural. “Quanto mais equilibrado
estiver o meio ambiente, mais produtiva será
a agricultura e melhor a qualidade de vida da população”,
completou Cheida.
Processo – Segundo o secretário, o governo
está consciente que “a implantação
de áreas de preservação não
ocorre de maneira tranqüila, porque entra na
seara da economia e o consenso não é
fácil”, declarou. Enfatizou, porém,
que o Paraná precisa enfrentar essa transição,
destacando sua posição pioneira em
relação a outros estados na questão
ambiental.
Essa intranqüilidade ficou evidente com a intervenção
do produtor rural Douglas Fanchin Taques Fonseca,
coordenador do movimento de conservação
social e sustentável de Ponta Grossa, contrário
à forma como estão sendo criadas as
unidades de conservação ambiental
nos Campos Gerais. No fim da reunião, o governador
abriu espaço para sua manifestação
contrária à condução
do processo que, segundo ele, leva à desapropriação
de áreas pertencentes a mais de 400 famílias
de pequenos produtores.
Ambientalista - Requião ressaltou o espaço
democrático, aberto na reunião do
secretariado, que teve a defesa do processo de criação
dos parques pela consultora do ministério
do Meio Ambiente, Tereza Urban. A ambientalista
enfatizou que a preservação das florestas
inclui a fauna, flora, várzeas, nascentes
e mananciais. Ela lembrou que, em pouquíssimos
momentos, o governo federal lembrou-se de proteger
a floresta de araucária. Segundo ela, a floresta
que ocupava 3,5 milhões de hectares no Estado
está reduzida, atualmente, a 0,8% de sua
área original. E a área de campos
naturais, hoje, está reduzida a 0,24%.
Ainda segundo Tereza Urban, o Paraná tinha
10,3 milhões de hectares de áreas
originais de florestas e campos, das quais sobraram
97.743 hectares, ou seja, 0,94% do total. “É
essa a área que o Ministério do Meio
Ambiente quer preservar no Paraná”, justificou.
De acordo com Sávio, a área de floresta
araucária nos Campos Gerais é a melhor
reserva biológica dessa espécie encontrada
no Sul do Brasil e a maior área remanescente
com potencial de conservação. Segundo
ele, através da interconexão dos parques
a serem criados com os corredores de biodiversidade
será possível não só
a preservação como a recuperação
de parte da floresta de araucária.
Homenagem – O governador Roberto Requião
foi homenageado pela organização não-governamental
SOS Mata Atlântica. O dirigente da organização
Mário Mantovani justificou a premiação
pela coragem que o governador demonstra na defesa
do meio ambiente. “Ele é uma voz diferenciada
neste país, comprado por meia dúzia
de multinacionais”, afirmou.
A SOS Mata Atlântica, criada no Paraná
há 18 anos, foi quem apoiou Requião,
em seu mandato de senador, a conseguir no Senado
a aprovação do Parque Nacional do
Superagüi, como área de conservação
e preservação permanente. A criação
dessa área, que era alvo de especulação
imobiliária, foi responsável também
pela preservação do mico-leão
da cara preta.
Fonte: Secretaria Estadual do Meio
Ambiente do Paraná (http://www.pr.gov.br/meioambiente/index.shtml)
Assessoria de imprensa