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SECRETÁRIO DE MEIO
AMBIENTE DO MT ESTÁ PRESO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005
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(02/06/05) - O secretário
especial do Meio Ambiente do Mato Grosso, Moacir
Pires, também foi preso pela Polícia
Federal no dia de hoje por suspeita de participar
do esquema de corrupção desmontado
com a Operação Curupira.
Pires acumula a presidência da Fundação
Estadual do Meio Ambiente (Fema) no Mato Grosso.
O órgão é responsável
pelas autorizações de desmatamento
em propriedades com mais de 300 hectares de tamanho
no Estado. Mas vinha desrespeitando lei federal
que exige a preservação de 80% da
propriedade como área de reserva legal. A
Fema usava lei estadual que estabelece limite de
50%. Por causa deste problema, o Ibama ingressou
com ação civil pública contra
a Fema.
Operação Curupira desmonta a maior
rede de corrupção contra o desmatamento,
diz Barros
Cuiabá (02/06) - “Estamos desmontando a maior
rede de corrupção contra o desmatamento
da Amazônia”, anunciou Marcus Barros, presidente
do Ibama, em entrevista coletiva na sede da Polícia
Federal, em Cuiabá (MT), sobre as prisões
de empresários madereiros, despachantes e
funcionários do Ibama feitas pela Operação
Curupira, da PF.
Até o meio da tarde desta quinta-feira, mais
de 80 pessoas haviam sido presos no Mato Grosso
e em outros estados pela Polícia Federal.
“O esforço não será em vão.
Levar até as últimas conseqüências
é compromisso deste governo”, disse o presidente
do instituto lembrando os recentes esforços
do Ministério da Justiça, Controladoria
Geral da União e Polícia Federal para
coibir processos de corrupção e prender
responsáveis.
Marcus Barros atendeu à imprensa junto com
o procurador Mário Lúcio Avelar, do
Ministério Público Federal, que destacou
o trabalho em conjunto do Ibama, MPF e Polícia
Federal e relacionou o crime às altas taxas
de desmatamento no estado do Mato Grosso (48% do
total verificado entre agosto de 2003 e agosto de
2004).
“Um país civilizado não pode seguir
com essas taxas de desmatamento”, disse o procurador
que também ressaltou o tamanho e a longevidade
da rede de corrupção: “isso aqui não
pode ser obra de um servidor do Ibama. Esses cidadãos
que agora estão sendo presos aumentaram os
seus patrimônios nos últimos 20 anos”.
O interventor do Ibama no estado, Elielson Ayres
de Souza, concorda com a avaliação
do procurador: “Mário Lúcio tem razão.
O crime não é do Ibama, mas de pessoas
inescrupulosas que fizeram uso do órgão”.
De acordo com a Polícia Federal o esquema
de corrupção devastou 43 mil hectares,
área equivalente a 52 mil campos de futebol,
66 mil caminhões (em fila equivaleria a distância
entre Curitiba e Salvador), o que equivale à
R$ 890 milhões.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa