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APÓS ACIDENTE AMBIENTAL,
PETROBRAS REVÊ SUA POLÍTICA
DE SEGURANÇA
Panorama
Ambiental
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil
Junho de 2005
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05/06/2005 – A Petrobras
está concluindo o processo de reestruturação
do Programa de Excelência de Gestão
Ambiental e Segurança Operacional (Pégaso).
O programa foi criado no ano 2000 após acidente
provocado pelo rompimento de um duto da Refinaria
Duque de Caxias, que resultou no vazamento de 1,3
milhão de litros de óleo in natura
na Baía de Guanabara.
O coordenador da Área de Desenvolvimento
Sustentável da Petrobras, Luís César
Stano, informou que o Pégaso está
sendo atualizado, com definição dos
projetos que vão ser incorporados à
carteira, para realização a partir
de 2006. A expectativa é de que o trabalho
seja concluído no segundo semestre deste
ano. "O Pégaso vai assumir o desenvolvimento
de iniciativas para eliminar os riscos que ainda
existam por acaso na empresa. Essa é a visão
da segunda etapa do programa", explicou.
Segundo Stano, o Pégaso foi o maior projeto
desenvolvido pela Petrobras em termos de atacar
todos os aspectos relacionados à segurança,
riscos, gestão ambiental, melhoria do sistema
de dutos, melhoria do relacionamento com comunidades
na área das instalações da
companhia. Desde que foi criado até o ano
passado, o Pégaso envolveu investimentos
de R$ 8 bilhões. Stano disse que esse foi
o maior volume de recursos investido por uma empresa
de petróleo no mundo com o objetivo de reduzir
os riscos de suas operações, os riscos
ambientais, riscos de segurança. "Então,
foi um grande marco".
Luís César Stano informou que atualmente
os indicadores de vazamento da Petrobras estão
no mesmo nível de excelência da indústria
internacional de petróleo. O indicador de
vazamento da estatal brasileira atingiu 530 metros
cúbicos em 2004, contra 5,983 mil metros
cúbicos em 2000, quando houve o vazamento
na Baía de Guanabara. A redução
foi de 10 vezes, acrescentou Stano.
O coordenador de Desenvolvimento Sustentável
da Petrobras afirmou que o vazamento da Reduc foi
um divisor de águas dentro da empresa, constituindo
um fator de mobilização para a elaboração
de uma nova estratégia de atuação
da companhia. Ele destacou a preocupação
com a segurança, o meio ambiente e a saúde.
"Hoje em dia, a gente não fala mais
em evitar acidente apenas. Hoje, a gente fala em
ter uma ação muito mais pró-ativa
nesse sentido, em estabelecer excelência na
gestão e no desempenho em segurança,
meio ambiente e saúde. Esse é o objetivo
estratégico da empresa. Ter um padrão
de desempenho compatível com o das melhores
empresas de petróleo do mundo", afirmou.
A 1ª etapa do Pégaso cumpriu as metas
estabelecidas que incluíam a conclusão
da automação de mais de 75% dos dutos
prioritários, instalação no
país de nove centros de Defesa Ambiental
(CDAs) mais 15 bases avançadas, e a redução
de 90% dos resíduos.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Alana Gandra