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EMBRAPA DESENVOLVE PESQUISAS
PARA SUBSTITUIR CARVÃO MINERAL POR
CARVÃO VEGETAL
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005
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08/06/2005 A Embrapa-
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
vinculada ao Ministério da Agricultura e
Abastecimento lidera projeto pioneiro de fonte alternativa
de energia baseado na cultura de capim elefante.
A Embrapa Agrobiologia (Rio de Janeiro – RJ) já
identificou três variedades do vegetal (Gramafante,
Cameroon Piracicaba, BAG 02) com alta capacidade
de produção de biomassa em solos pobres
e sem uso de adubação nitrogenada.
A produção destas variedades alcança
até 40 toneladas/hectare/ano de biomassa
seca, correspondendo a cerca do dobro produzido
por uma floresta cultivada de eucalipto. Estudos
estão sendo realizados para identificar variedades
cada vez mais eficientes na produção
de biomassa em solos pobres em nitrogênio,
como para avaliar o impacto da cultura no seqüestro
de C no solo.
Comparadas com o eucalipto, que necessita de adubo
nitrogenado e colheita com médio prazo, as
variedades selecionadas de capim elefante não
necessitam de fertilizante nitrogenada e possibilitam
até quatro colheitas no ano. Rico em fibras
e baixo conteúdo de nitrogênio e enxofre,
e diferente ao utilizado na alimentação
animal; a cultivar é uma das melhores alternativas
para a produção de carvão vegetal
cultivado.
São parceiros no projeto, a mineradora Samarco,
pertencente ao grupo da Companhia Vale do Rio Doce,
a Embrapa Agrobiologia que desenvolve estudos que
viabilizem a produção do capim elefante
em larga escala e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas-
IPT (USP) que coordena pesquisas referentes à
otimização da fabricação
do carvão vegetal da biomassa do capim-elefante.
O seu cultivo o proporcionará economia no
uso de insumos de risco ambiental e do ponto de
vista do agronegócio, será uma fonte
importante de geração de empregos
e melhoria de renda do agricultor, visto que 13
mil hectares de capim plantados poderão substituir
as 200 mil toneladas de carvão mineral utilizadas
para produzir 15 milhões de toneladas de
pelotas de ferro.
As novas variedades também são uma
alternativa para que a indústria siderúrgica
nacional atenda às exigências do mercado
internacional de ferro e aço estipuladas
pelo Protocolo de Quioto. Trata-se da modernização
dos processos de substituição do carvão
mineral pelo carvão vegetal de biomassa cultivada.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Isis Breves)