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EXPOSIÇÃO
NA PRAÇA DA REPÚBLICA COMEMORA
SEMANA DO MEIO AMBIENTE
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2005
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06/06/2005 Em comemoração
a Semana Internacional do Meio Ambiente, o Museu
Florestal “Octávio Vecchi” expõe parte
do seu acervo na Estação Praça
da República do Metrô, onde circulam
diariamente cerca de 150 mil pessoas. A exposição,
que terá início no próximo
dia 7 de junho, conta a história da instituição,
exibindo painéis, fotos, amostras de sementes
florestais nativas e peças do acervo mantido
na seda da instituição, localizada
no Parque Estadual Alberto Löfgren, o Horto
Florestal de São Paulo.
A importância de seu acervo e das atividades
que realiza pode ser medida pela lista de visitantes
ilustres que estiveram no museu ou participaram
dos seus cursos e oficinas, ao longo de sua história
que já soma mais de sete décadas.
É o caso do escritor e jornalista Monteiro
Lobato, de Santos Dumont, “pai da aviação”
ou da artista plástica Tarcila do Amaral.
Atualmente o museu participa também de uma
mostra em Paris, para onde enviou algumas peças
de mobiliário entalhadas em madeiras nobres,
nativas da Mata Atlântica.
O Museu Florestal "Octávio Vecchi",
mantido pelo Instituto Florestal do Estado de São
Paulo, visa proporcionar atividades de lazer e cultura,
priorizando o público estudantil e os aspectos
de educação ambiental. Além
da exposição permanente do acervo,
a instituição realiza mostras de curta
duração, oficinas e palestras relacionadas
aos temas ambientais, trabalhando pela conscietização
ambiental e valorização da vida no
planeta.
O nome do Museu Florestal, homenageia um antigo
diretor, o engenheiro Octávio Vecchi que,
observando o crescente desmatamento e desenvolvimento
do Estado, ainda na década de 20 do século
passado, preocupou-se em criar uma coleção
das espécies arbóreas nativas. Dessa
preocupação nasceu, em 1931, o Museu
Florestal, que intensificicou as atividades de pesquisa
e cultura, apresentando uma coleção
florestal, em peças entalhadas e objetos
como mobiliário, assoalho e forro, entre
outras artes relacionadas à madeira.
Artífices e professores foram contratados
para desenvolver o acervo desse espaço. Exímios
profissionais, conhecedores da madeira, dominando
as técnicas de trabalho, produziram o acervo
do museu, com móveis com entalhes perfeitos,
réplicas exatas das sementes e folhas das
árvores, peças com encaixes e cavilhas,
trabalhos de marchetaria e outros.
O prédio do museu passou por algumas reformas
ao longo dos anos, a mais recente, que resgatou
a pintura original do hall de entrada, representando
44 espécies de árvores nativas, ocorreu
entre 1998 e 1999. Após reforma completa,
o Museu reabriu para o público em junho de
2000.
Exposição
A exposição
montada na Estação do Metrô
da Praça da República permanecerá
no local até o final de julho e, além
do acervo do museu Octávio Vecchi, ilustra
também, através de fotos do pesquisador
científico João Batista Baitelo, as
atividades desenvolvidas pelo Instituto Florestal
do Estado de São Paulo, como os estudos sobre
a flora paulista no interior das 90 Unidades de
Conservação sob sua administração.
Essas unidades estão em quase todas as regiões
do território paulista e juntas somam quase
854.000 hectares. Nessas áreas, que correspondem
a cerca de 3% do Estado, estão representados
todos os biomas (tipos de vegetação)
ocorrentes no território paulista, entre
estes a mata atlântica, o cerrado e a mata
do interior.
No interior dessa matas e campos escondem-se flores
e frutos de rara beleza, cujas imagens foram captadas
pela lente do fotógrafo/pesquisador.
Mostrar essa beleza, segundo os organizadores da
exposição, tem várias finalidades,
entre elas realçar a necessidade de conservar
e ampliar as áreas protegidas através
dos meios legais em vigor, garantindo melhor qualidade
de vida à espécie humana e preservando
o potencial de produção e armazenamento
de água, a exploração sustentável
de substâncias para a produção
de remédios e diferentes tipos de alimentos.
As Unidades de Conservação têm,
ainda, a função de servir de abrigo
para a fauna e de oferece espaços de lazer
e contemplação da natureza aos seres
humanos.
Além da mostra fotográfica, a história
do Instituto Florestal está contada em nove
painéis. A instituição ligada
atualmente a Secretaria Estadual do Meio Ambiente,
se originou da antiga Comissão Geográfica
e Geológica, criada em 1886, com a participação
de uma equipe de naturalistas, entre os quais o
pesquisador sueco Alberto Löfgren, que coordenava
os estudos referentes à botânica e
meteorologia.
Em 1888, Löfgren assumiu a direção
do Jardim da Luz e propõs sua transformação
em Jardim Botânico. Devido à limitação
de espaço e, com o apoio de Orville Derby
e do renomado arquieto Ramos de Azevedo, criou o
Horto Botânico Florestal de São Paulo,
instalado em 1896 na Serra da Cantareira, com campos
de experimentação e prestação
de serviços na área florestal.
Em 1911, o Horto Botânico transformou-se no
Serviço Florestal do Estado, intensificando-se
as pesquisas e a delimitação de áreas
destinadas à preservação ambiental.
Em 1970, o Serviço Florestal se tornou o
atual Instituto Florestal, enfocando suas ações
na pequisa ambiental e manejo das áreas naturais.
Fonte: Secretaria Estadual do
Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa