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IBAMA COBRA DEVOLUÇÃO DE CONVÊNIOS COM PREFEITURAS DO RIO E ONGs

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005

(06/06/05) - O Ibama cobra prestação de contas de convênios com 11 prefeituras cariocas, órgãos ambientais do Rio de Janeiro e de três ONGs que receberam parcela da multa paga pela Petrobrás pelo vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo na Baía da Guanabara, em 2000. O Instituto fez uma auditoria nos convênios e quer a devolução de R$ 26 milhões. O diretor de Administração e Finanças, Edmundo Pereira, diz que a auditoria detectou falhas de ordem processual, falta de licenças ambientais para as obras e problemas sérios de descumprimento da ação programada. “Há casos de realização de obras sem licitação e não localização de equipamentos que deveriam ter sido fornecidos.”
O principal objetivo dos convênios era melhorar tratamento de lixo nos municípios fluminenses para “intervir na causa da poluição” na Baía da Guanabara. O diretor diz que os convênios previam execução de programas até 2002 e que os prazos para prestação das contas já se esgotaram. “A alternativa que restou ao Ibama foi pedir devolução do recurso.” Convênios desse tipo são regulamentados pela Instrução Normativa 1 do Tesouro Nacional, que exige a prestação de contas das ações previstas. A não aplicação devida dos recursos ou o cumprimento incompleto da ação implica devolução integral do valor do convênio.
A maioria das prefeituras não conseguiu comprovar a aplicação dos recursos. Pelo relatório da auditoria, caberá à prefeitura municipal do Rio de Janeiro a devolução da maior parcela: R$ 5,9 milhões. O Ibama cobra das prefeituras de Duque de Caxias o valor de R$ 5,6 milhões; de Nova Iguaçu, R$ 3,08 milhões; de Belford Roxo, R$ 2,9 milhões; de Niterói, R$ 2,4 milhões; de São João de Meriti, R$ 2,1 milhões; de Itaboraí, R$ 1,5 milhão; de Guapimirim, R$ 715 mil; de Rio Bonito, R$ 596 mil; de São Gonçalo, R$ 561,8 mil e de Petrópolis, R$ 465 mil.
A lista inclui também a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Rio de Janeiro, que falta comprovar a execução de R$ 2,9 mil. O órgão ambiental tinha dois convênios assinados, o outro no valor de R$ 4 milhões foi aprovado pela auditoria. Entre as ONGs, a maior cobrança é da Fundação Movimento Onda Azul, (R$ 2,8 milhões).
Caso os recursos não sejam devolvidos ou as prestações de contas regularizadas, o passo seguinte é a abertura de tomada de contas especial com envio da documentação ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público. Este procedimento pode levar à inscrição dos administradores do convênio como inadimplentes da União, o que os impedem de exercer cargos públicos.

A seguir resultados da auditoria feita pelo Ibama nos convênios de repasse de parcela da multa aplicada à Petrobrás:

I - Prefeituras
Itaboraí
Valor impugnado: R$ 1.523.794,14
Motivo: parecer técnico desfavorável quanto a execu;áo f[isica das metas e o alcance do objetivo conveniado, bem como da não apresentação por parte do convenente das licenças ambientais exigidas para esse tipo de projeto.

Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
Valor impugnado: R$ 5.900.516,85
Motivo: falta de licenças ambientais para instalação e operação do aterro sanitário

Petrópolis
Valor impugnado: R$ 465.126,24
Motivo: parecer técnico desfavorável quanto a execução física e ausência dos processos licitatórios

Tanguá
Valor impugnado: R$ 558.837,58
Motivo: parecer técnico desfavorável quanto a execução física e a não apresentação das exigidas licenças ambientais

Guapimirim
Valor impugnado: R$ 715.178,70
Motivo: não apresentação das licenças ambientais

Niterói
Valor impugnado: R$ 2.456.507,92
Motivo: parecer técnico parcialmente desfavorável, falta de processo licitatório, falta de notas fiscais, falta de licenças ambientais necessárias à instalação e operação do projeto

São Gonçalo
Valor impugnado: R$ 561.857,28
Motivo: parecer técnico parcialmente desfavorável

Belford Roxo
Valor impugnado: R$ 2.933.301,07
Motivo: parecer técnico desfavorável quanto a execução física do projeto e ausência das licenças ambientais necessárias a continuidade do projeto

São João do Meriti
Valor impugnado: R$ 2.175.349,95
Motivo: parecer técnico desfavorável quanto a execução física do projeto e ausência das licenças ambientais necessárias a continuidade do projeto

Rio Bonito
Valor impugnado: R$ 596.045,95
Motivo: falta de licenças ambientais necessárias à instalação e operacionalização do projeto

Duque de Caxias
Valor impugnado: R$ 5.600.982,47
Motivo: parecer técnico desfavorável, falta de processo licitatório, não comprovou a utilização de contrapartida, falta de licenças ambientais e falta de apresentação de contas final.

Nova Iguaçu
Convênio aprovado: R$ 3.085.555,00

II- ONGs/órgão ambiental
Fundação Movimento Onda Azul
Valor impugnado: R$ 2.886.233,70
Motivo: parecer técnico parcialmente desfavorável, falta de processo licitatório e caracterização de desvio de finalidade na aplicação dos recursos recebidos.

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Valor: R$ 2.996,51, reeferente a saldo de recursos do convênio

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (ex-Semads)
Valor aprovado: R$ 4 milhões

Consórcio Intermunicipal do Meio Ambiente
Prestação de contas não analisada por falta de emissão de parecer técnico sobre a execução física do convênio. A tarefa cabia a um consultor técnico contratado pela gerência do Ibama no Rio

Instituto Brasileiro de Administração Municipal
Prestação de contas não analisada por falta de emissão de parecer técnico sobre a execução física do convênio. A tarefa cabia a um consultor técnico contratado pela gerência do Ibama no Rio

Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Sandra Sato

 
 
 
 

 

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