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JUSTIÇA LIBERTA
DIRETOR DO IBAMA INVESTIGADO PELA OPERAÇÃO
CURUPIRA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005
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08/06/2005 - O diretor
de Florestas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Renováveis (Ibama), Antonio
Carlos Hummel, preso na Operação Curupira,
foi solto na terça-feira (7). A prisão
preventiva foi revogada pela Justiça a pedido
do procurador da República Mário Lúcio
Avelar, o mesmo que havia solicitado a prisão
do diretor.
Segundo o delegado federal responsável pela
investigação do caso de corrupção
no Ibama de Mato Grosso, Tardelli Boaventura, a
decisão de revogar a prisão foi tomada
após o depoimento de Hummel à Polícia
Federal, em Cuiabá. "O procurador acompanhou
o interrogatório. A Polícia Federal
não tinha nada contra ele (Hummel). No final,
o procurador concluiu que não deveria sequer
ter indiciado ele", afirmou Boaventura.
Antonio Hummel estava sendo investigado pelo Ministério
Público Federal por aprovar planos de manejo
suspeitos em terras já desmatadas. Segundo
a Polícia Federal, o nome dele foi citado
em conversas telefônicas gravadas durante
a investigação por pessoas envolvidas
no esquema de extração e venda de
madeira ilegal em Mato Grosso.
O presidente do Ibama, Marcus Barros, defendeu a
inocência do diretor e disse esperar seu retorno
ao cargo. "Eu conheço o Hummel há
23 anos. Ele não tem nada a ver com isso,
pelo contrário, é um dos servidores
que mais nos tem ajudado no combate a esse tipo
de agressão sobre a floresta, sobre o manejo",
afirmou Barros, após participar de evento
nesta quarta-feira no Ministério do Meio
Ambiente.
Segundo Marcos Barros, Hummel responderá
a processo administrativo disciplinar que foi aberto
após sua prisão. "Se o processo
confirmar o que eu tenho vivenciado com ele nesses
23 anos, eu vou pedir a ele que retorne e pedir
à ministra que o faça diretor outra
vez", disse o presidente do Ibama. O prazo
de conclusão do processo é de até
60 dias.
De acordo com a Polícia Federal em Mato Grosso,
foram soltas também a gerente do Ibama em
Sinop (MT), Ana Luíza Mancini da Riva, e
a advogada da Fundação Estadual do
Meio Ambiente (Fema) do Mato Grosso Mauren Lazzaretti.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, elas já
prestaram depoimento e foram liberadas.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Cecília Jorge