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JUSTIÇA OBRIGA MONSANTO
A TORNAR PÚBLICO SEU RELATÓRIO
SOBRE EFEITOS DOS TRANSGÊNICOS NOS
RATOS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005
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10-06-2005 - Amsterdã
– Holanda - Um tribunal alemão determinou
hoje em Colônia que a gigante da biotecnologia,
Monsanto, publique um de seus relatórios
confidenciais sobre o impacto do milho transgênico
em ratos. A empresa tentou impedir a divulgação
do documento de 1000 páginas, mas as atenções
internacionais se voltaram para ele após
informações publicadas pelo jornal
britânico Independent On Sunday, no dia 22
de abril
O Greenpeace pediu para ter acesso ao documento
com base em uma lei européia que garante
que o público tem o direito de conhecer todos
os documentos relacionados com a avaliação
de riscos de plantas transgênicas. Depois
que as autoridades alemãs autorizaram o acesso
ao documento, a Monsanto entrou com um processo
legal contra o governo, numa tentativa de barrar
a divulgação de seu conteúdo.
Entretanto, o Greenpeace se uniu ao governo alemão
neste caso e, com a decisão de hoje, o estudo
original será disponibilizado para conhecimento
público.
“Essa é uma vitória importante – tanto
para o Greenpeace quanto para as pessoas. A estratégia
da Monsanto de manter segredo e de não ter
transparência em seus atos falhou. Agora o
documento poderá ser objeto de investigações
independentes”, disse Christoph Then, da campanha
internacional de engenharia genética do Greenpeace.
O referido estudo sobre impactos nos ratos encontrou
efeitos significativos no sangue e nos órgãos
desses animais alimentados com o milho transgênico
MON863, fabricado pela Monsanto. Diversos cientistas
em toda a Europa que viram o estudo expressaram
preocupação sobre as implicações
dessa variedade de milho na saúde e na segurança
alimentar. A multinacional não questiona
a existência de conseqüências significativas
sobre a saúde dos ratos, mas declara que
os efeitos não foram causados pelo milho
transgênico. No entanto, de acordo com a opinião
de vários especialistas, as explicações
da Monsanto não são suficientes para
que as preocupações levantadas sejam
apagadas.
Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa