 |
PROJETO PEIXE-BOI COMEMORA
DATA INAUGURANDO TORRE DE MONITORAMENTO
NO CEARÁ
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005
|
 |
O Projeto Peixe-Boi
inaugurou uma torre de sete metros de altura como
ponto fixo de monitoramento de peixes-boi marinhos.
A torre fica a 800 metros da costa, na praia de
Quitérias, município de Icapuí,
no extremo leste do Ceará, a 200 km de Fortaleza.
Esse ponto fixo é o primeiro passo para a
instalação da quinta base do Projeto
Peixe-Boi, como instrumento estratégico para
as atividades de resgate e reabilitação
de filhotes que encalham na areia. O Ceará
e líder no ranking de encalhes de filhotes.
Desde 1991, o estado registrou 18 ocorrências.
Na costa cearense, o ponto crucial dos encalhes
é a praia de Quitéria. “Somente na
região da Quitérias, existe uma população
estimada de oito a dez peixes-boi. Foram registrados
os nascimentos de dois filhotes, ambos filhos de
animais nativos da região”, assegura a executora
do Centro Mamíferos Aquáticos (CMA)/Ibama
no Ceará, Solange Zanoni. O CMA, em co-gestão
com a Fundacão Mamíferos Aquáticos,
executa o Projeto, com patrocínio da Petrobrás
desde 1997.
Com a criação dessa nova base, uma
estratégia inovadora para prestar socorro
imediato ao filhote encalhado, está sendo
implantada. Desta maneira o filhote pode ser devolvido
ao mar e à mãe assim que chegar à
areia. Assim, se espera reduzir o número
de filhotes que são conduzidos para a unidade
de reabilitação, na Ilha de Itamaracá,
em Pernambuco, onde está instalada a sede
nacional do Projeto Peixe-Boi.
“Hoje, registramos por temporada de reprodução
quatro encalhes”, comenta o coordenador nacional
do Projeto Peixe-Boi e chefe do CMA/Ibama, Régis
Pinto de Lima. Ele explica que se o Projeto conseguir
entregar pelo menos um filhote para a mãe,
estará reduzindo gastos com a manutenção
desse filhote por dois ou três anos na reabilitação.
“Isso, sem dúvida é muito mais econômico
do que mantê-lo em cativeiro e depois monitorá-lo
em ambiente natural por vários anos”, acrescenta.
“É muito importante plantarmos a semente
da conscientização ambiental nas crianças,
pois além de colhermos cidadãos mais
engajados com a preservação do meio-ambiente,
formamos também divulgadores dessas ações
em suas próprias casas e isso é excelente,
porque elas são, na grande maioria, filhos
de pescadores”, conclui Zanoni.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Luis Boaventura