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JUSTIÇA CONDENA
SINDICALISTA DO PARÁ QUE AMEAÇOU
DE MORTE GERENTE DO IBAMA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005
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17/06/2005 – O sindicalista
Mário Rubens de Souza Rodrigues foi condenado
a cinco meses de detenção por crime
de ameaça de morte contra o gerente do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Marcílio
Monteiro. Quem determinou a pena foi o juiz federal
substituto Antônio Carlos de Almeida Campelo,
da 4ª Vara, na última quarta-feira (15).
Mas, por se tratar de condenação inferior
a um ano, o juiz determinou que Mário Rubens
prestará serviços à Fundação
Verde, entidade ligada ao governo de Maringá
(PR).
A denúncia contra Rodrigues surgiu, em 2003,
quando ele ameaçou o gerente do Ibama, Marcílio
Monteiro, porque o instituto não havia aprovado
seu plano de manejo, que continha dados técnicos
imprecisos a respeito de sua exploração.
"Ele não agia em nome da categoria,
o que agrava ainda mais a situação.
Ele agia em nome próprio, mesmo sendo um
representante do sindicato", disse o procurador
Felício Pontes, que participou do julgamento
de Rodrigues. Para o procurador, o dirigente sindical
deveria "dar o exemplo" ao sindicato.
"Esse tipo de prática, de achar que
ele é o dono da área, que ele poderia
desmatar de qualquer jeito, é uma prática
coronelista, que não podemos mais aceitar
na Amazônia", afirmou.
Mário Rubens de Souza Rodrigues é
presidente do Sindicato dos Produtores Florestais
do Estado do Pará (Sindifloresta). O presidente
do Sindifloresta foi um dos delatores do suposto
esquema de corrupção de compra de
autorização para a derrubada e transporte
de madeira ilegal no Pará. A denúncia
apontou os deputados Airton Faleiro (estadual) e
Zé Geraldo (federal) – ambos do PT no Pará
– como intermediadores do esquema. Rodrigues, contudo,
recuou a respeito das denúncias, divulgando
um documento negando participação
no caso.
Para o procurador Felício Pontes, não
há relação entre o crime cometido
por Rubens e as denúncias de corrupção
no Pará. "A ameaça se consumou
muito antes dessa retirada de madeira. Nem se falava
nisso naquela época, então não
vejo relação entre as duas coisas."
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Danielle Coimbra