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MEDIDA APROVADA PELO CONGRESSO
VAI CORRIGIR DISTORÇÕES, DIZ
SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005
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16/06/2005 - O secretário
de Biodiversidade e Florestas, João Paulo
Capobianco, avalia que a medida provisória
239 aprovada ontem (15) pelo Senado vai corrigir
distorções. "Infelizmente, a
inexistência desse instrumento no passado
levou o governo a criar unidades de conservação
de forma apressada e muitas vezes cometendo alguns
erros."
A medida provisória dá ao governo
federal poder para interromper temporariamente atividades
econômicas que possam gerar degradação
ambiental em áreas que estejam passando por
análise para se transformar em unidades de
conservação. A ministra do Meio Ambiente,
Marina Silva, disse que esse novo mecanismo, agora,
evitará que unidades de conservação
sejam criadas sem estudos adequados.
Segundo a ministra, sem o mecanismo previsto pela
MP 239 a maneira de impedir o avanço do desmatamento
era agilizar o processo de criação
de reservas. "O governo diante da situação
de que tem que preservar uma determinada área
que começa a sofrer a ação
predatória por qualquer que seja a atividade,
às vezes, é obrigado a tomar uma atitude
imediata que não é compatível
com o tempo de fazer as consultas, as audiências,
os estudos", explicou Marina Silva.
A ministra participou de audiência pública
promovida pelas comissões de Meio Ambiente
e de Agricultura e Reforma Agrária, do Senado,
para discutir o aumento do desmatamento na Amazônia.
O prazo dessa suspensão temporária
das atividades predatórias é de sete
meses. Nesse período, o governo deve realizar
estudos e consultas públicas para definir
o tipo mais adequado de unidade a ser criada. "Com
isso, nós vamos acabar com aquelas antigas
formas de fazer consultas por internet, pois têm
comunidades que nem sequer têm acesso à
internet", disse Marina Silva.
A ministra explicou que em alguns casos os técnicos
acabavam tendo uma postura "mais conservadora",
optando por uma unidade de conservação
que não permite nenhum tipo de uso dos recursos
naturais. "Com esse instrumento, nós
teremos sete meses para fazer os estudos e ao final
dar a destinação correta: uma área
de uso sustentável, um parque nacional ou
uma reserva biológica que apenas pode ser
utilizada para pesquisa científica",
avaliou.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Cecília Jorge