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PRODUÇÃO
DE BIOCOMBUSTÍVEL NO PARANÁ
PODE SER OPÇÃO DE DIVERSIFICAÇÃO
PARA LAVOURA DE GRÃO
Panorama
Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Junho de 2005
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14/06/2005 O Governo
do Paraná está decidido a proporcionar
uma alternativa para o cultivo de grãos no
Estado que não seja a produção
exclusiva para exportação. De acordo
com o vice-governador e secretário da Agricultura,
Orlando Pessuti, já existe uma parceria entre
as Secretaria da Agricultura, de Ciência e
Tecnologia, o Conselho Regional de Engenharia (CREA),
Tecpar, Iapar e Emater para a pesquisa de produção
de biocombustível a partir de óleos
vegetais.
O tema foi debatido nesta terça-feira (14),
na reunião do governo com o secretariado,
com a participação do professor Bautista
Vidal, presidente do Instituto do Sol, de Brasília.
Vidal é físico e um profundo conhecedor
de energias disponíveis no planeta. Defendeu
a importância do Brasil como líder
na produção de energias limpas. Segundo
o professor, a era da exploração dos
combustíveis fósseis (carvão
mineral e petróleo) está no fim e
as guerras no mundo podem se acirrar porque os países
são extremamente dependentes de energia.
Para Vidal, energia é crucial porque “nela
está o centro do poder e da vida”. Segundo
ele, o Brasil tem um enorme potencial para exploração
de energias renováveis e pode se transformar
na grande potência energética do planeta,
desde que assuma essa responsabilidade.
Vidal criticou o imobilismo do Governo Federal que
nada fez para exploração dessas potencialidades,
apesar de ter a melhor equipe e o melhor conhecimento
do mundo, tendo sido o único país
a desenvolver um programa nacional de energia limpa,
que é o Programa do Álcool (Proálcool),
há 27 anos. Ele citou ainda a disponibilidade
de sol, que é um verdadeiro reator nuclear,
água e vasto território.
Biocombustível - Para não desperdiçar
essa oportunidade, Vidal citou a disposição
do governador Roberto Requião em transformar
o Paraná em líder nesse processo de
transformação nacional. Vidal sugeriu
uma aliança entre a Copel (Companhia Paranaense
de Energia) e a Cemig (Centrais Elétricas
de Minas Gerais) para dar o suporte necessário
ao projeto de produção de óleo
vegetal.
Segundo o professor, somente essas duas empresas
estatais têm o potencial para o desenvolvimento
de um projeto de tamanha magnitude que pode trazer
independência e muito dinheiro ao país.
“Certamente a Petrobras também vai se aliar
ao projeto porque o Japão já mostrou
interesse na compra de energia limpa”, afirmou.
Segundo o secretário Pessuti, as pesquisas
para esse projeto já estão adiantadas
no Paraná. O Iapar e a Emater estão
pesquisando um zoneamento climático específico
para as culturas de girassol e nabo forrageiro,
como alternativas de lavouras de inverno no Estado,
para produção de óleo vegetal.
“O objetivo é tornar o período menos
dependente da cultura do trigo”, observou. Pessuti
adiantou que a Petrobras já está participando
dos estudos da produção desses cereais
para produção de biocombustível.
Fonte: Secretaria Estadual do
Meio Ambiente do Paraná (http://www.pr.gov.br/meioambiente/index.shtml)
Assessoria de imprensa