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REPRESENTANTES DO IBAMA VIAJAM PARA INTEGRAR DELEGAÇÃO BRASILEIRA NA CIB

Panorama Ambiental
Recife (PE) – Brasil
Junho de 2005

(14/06/05) - O chefe do Centro Mamíferos Aquáticos (CMA), um centro especializado do Ibama, Régis Pinto de Lima, embarcou para a Coréia, país que sedia a 57ª reunião da Comissão Internacional de Baleias (CIB). A CIB é o único fórum internacional reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) que se dedica exclusivamente ao manejo e conservação dos cetáceos, principalmente, as baleias.
Lima representa o Ibama na delegação brasileira na CIB. A delegação é chefiada pela diplomata Maria Tereza Mesquita Pessoa e também pelo presidente da Coalizão Internacional da Vida Silvestre/Brasil, José Truda Palazzo.
De 13 a 17/06, o chefe do CMA/Ibama vai participar das reuniões dos comitês e sub-comitês preparatórias para a plenária da CIB, quando são votadas as propostas defendidas pelos países membros, como a criação de um Santuário de Baleias no Atlântico Sul, sugerida pelo Brasil e Argentina.

Entre os comitês, o mais importante para o Brasil é o de Conservação, que realizou reunião na tarde da segunda-feira (13). Na ocasião, a delegação brasileira apresentou o Relatório Nacional de Conservação de Cetáceos, um documento feito de forma voluntária pelo Brasil para subsidiar a CIB na discussão e desenvolvimento de uma Agenda de Conservação.

O relatório brasileiro aborda a prática do turismo de observação de cetáceos (baleias e golfinhos) no país, relata as estratégias governamentais e não-governamentais para a conservação dos animais e proteção dos habitats e comenta quais as principais ameaças sofridas pelas espécies.

Apoio – Esse ano, a campanha brasileira para a aprovação do santuário de baleias no Oceano Atlântico Sul tem o apoio da Norsul, uma companhia de navegação, e da Fundação Mamíferos Aquáticos, uma organização da sociedade civil que atua em co-gestão com o Centro Mamíferos Aquáticos/CMA na execução de vários projetos e ações de conservação.

As baleias são muito mais rentáveis vivas

A posição do Brasil de defender a vida das baleias não é meramente uma questão ecológica. Por trás dessa postura, existem argumentos econômicos, culturais e sociais. Afinal, a lógica matar para explorar conduz, comprovadamente, ao fim dos recursos baleeiros, mostrando-se assim ser um uso não sustentável.

Várias nações do mundo - exceto Japão, Noruega e Islândia, que praticam a caça das baleias – adotam práticas de exploração desses recursos deixando as baleias vivas e se reproduzindo. A recuperação de várias espécies permite, por exemplo, o surgimento de uma nova modalidade do eco-turismo: o turismo de observação de baleias.

No Brasil, a visita sazonal das baleias franca e jubarte nas costas dos estados do sul, sudeste e da Bahia se transforma em atração turística, atraindo pessoas de vários locais do país e também de estrangeiros. Na América do Sul, não só o Brasil vem descobrindo esse filão. A Argentina, Chile, Equador e Uruguai também.
Em 2001, o Fundo Mundial para o Bem-Estar dos Animais (IFAW) divulgou uma pesquisa sobre o turismo de observação de baleias. Nela, foram contabilizadas que, em 1998, 492 comunidades de 87 países e territórios praticavam essa atividade, movimentando a cifra anual de mais de US$ 1 bilhão.
“Nenhum país do hemisfério sul caça baleias e vários se beneficiam de sua exploração não letal, gerando recursos com a prática do turismo de observação e também realizando pesquisas sem precisar levar a baleia à morte”, atesta José Truda, que além de vice-comissário da delegação brasileira também é presidente da Coalizão Internacional da Vida Silvestre/Brasil e coordenador do Projeto Baleia Franca desde 1983.
Proposta brasileira - O Santuário do Atlântico Sul, proposto pelo Brasil, Argentina e África do Sul, pretende assegurar aos cetáceos, nas suas áreas de migração, acasalamento, criação de filhotes e alimentação, a proteção completa contra a caça, seja comercial ou “científica” (esse último praticado pelo Japão inclusive num santuário já criado pela CIB, a do Antártico).

Além do turismo de observação, o Santuário permite também a realização de pesquisas científicas e a valorização educativa e cultural pelas comunidades costeiras e países limítrofes do Oceano Atlântico Sul, garantindo assim desenvolvimento sustentável através da conservação destes animais.

O principal obstáculo à aprovação do Santuário, que precisa dos votos favoráveis de três quartos dos países membros presentes, é o bloco de países baleeiros, entre eles Coréia e Japão.

Objetivos do Santuário:

- Desenvolver o uso econômico sustentável e não-letal das baleias para benefício das comunidades costeiras, através da prática do turismo de observação, que promove a cultura e a educação ambiental;

- Coordenar pesquisas não-letais desenvolvidas em particular por países em desenvolvimento na região e possibilitar a cooperação internacional com a participação ativa da CIB;

- Promover, a longo prazo, a conservação das grandes baleias em todo o seu ciclo de vida e seus habitats, com ênfase na áreas de importância primordial para reprodução, alimentação e corredores migratórios.

- Coordenar uma rede para a implementação de medidas locais que maximizem os benefícios de conservação no nível da bacia oceânica.

Baleias no Atlântico Sul

- Dizimadas, mas que estão em recuperação: baleia franca e baleia jubarte;
- Anteriormente dizimadas e cuja tendência atual é desconhecida: baleias fin e sei
- Dizimadas com evidências de pouca recuperação: baleias azuis
- Possivelmente, ainda não estão seriamente reduzidas. As estimativas estão sob análise no Comitê Científico da CIB: minke antárticas
- Possivelmente não reduzidas. Tamanho e tendência atuais desconhecidos: baleia franca pigméia

CIB - A CIB, criada em 1945 para regulamentar a caça dos cetáceos, é hoje o único fórum reconhecido pela ONU que delibera sobre questões conservacionistas dos cetáceos (ordem taxonômica à qual pertence às baleias e golfinhos). A maioria dos países membros abandonou a caça e defende o uso não-letal das mesmas.

 

Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa (Verônica Pragana)

 
 
 
 

 

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