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GOVERNO APRESENTA AÇÕES
CONTRA DESERTIFICAÇÃO
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2005
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15/06/2005 O Ministério
do Meio Ambiente promove nesta sexta-feira (17),
Dia Mundial de Combate à Desertificação,
um seminário sobre Políticas Públicas
de Combate à Desertificação
e de Convivência com o Semi-Árido.
Durante o encontro, representantes de ministérios
e de outros órgãos de governo apresentarão
suas ações contra o avanço
das áreas desertificadas no País.
O evento será no auditório da Confederação
Nacional da Indústria (Setor Bancário
Norte, Edifício Roberto Simonsen), em Brasília,
a partir das 9h. O Dia Mundial de Combate à
Desertificação deste ano tem como
tema A Mulher e a Desertificação.
A economia, o meio ambiente e a vida de mais de
30 milhões de brasileiros, principalmente
no Nordeste, são afetados pela desertificação.
Para combater o fenômeno, que avança
por razões climáticas e também
com o desmatamento e a agricultura predatória,
o País dispõe de um Programa de Ação
Nacional de Combate à Desertificação
e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN).
O programa foi elaborado de acordo com as recomendações
das Nações Unidas, e lançado
em agosto do ano passado durante a 1ª Conferência
Sul-Americana sobre Combate à Desertificação,
em Fortaleza (CE).
O PAN identifica causas da desertificação
e traz medidas para evitar seu avanço em
municípios do Maranhão, Piauí,
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, além
do norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
O programa traz, ainda, diretrizes, instrumentos
legais e institucionais para que políticas
públicas e investimentos privados possam
ser melhor aplicados no desenvolvimento sustentável
e na recuperação de áreas suscetíveis
à desertificação.
Mais de mil pessoas que vivem em regiões
semi-áridas participaram da elaboração
do programa, que é coordenado pela Secretaria
de Recursos Hídricos do Ministério
do Meio Ambiente.
De acordo com a secretaria, as ações
ligadas ao combate à desertificação
contam com R$ 23,5 bilhões no PPA 2004-2007.
Cerca de 90% desses recursos servirão para
o combate à pobreza e à desigualdade
social, incluindo o fortalecimento da agricultura
familiar. Além disso, o programa também
atuará ampliando a produção
local e regional e auxiliando na preservação,
na conservação e no uso racional dos
recursos naturais.
Desertificação
nas escolas
Com uma parceria
entre os ministérios do Meio Ambiente e da
Educação será exibido nesta
quinta-feira (16), às 19h, o programa Salto
para o Futuro - Desertificação e Semi-Árido.
O objetivo é iniciar um debate nas escolas
sobre a desertificação.
Serão discutidos, entre outros assuntos,
o programa brasileiro de combate à desertificação,
o perfil do professor para trabalhar com esse tema
e de que forma a desertificação pode
ser debatida nas salas de aula. O programa trará,
ainda, a experiência do Colégio Nossa
Senhora de Lourdes, em João Pessoa (PB),
que incluiu o Projeto Desertificação
na Paraíba em seu programa anual de estudos.
O programa será exibido pela TV Escola (canal
educativo do Ministério da Educação)
e será reprisado na sexta-feira, também
pela TV Escola, às 11h e às 15h, e
pela TVE, às 9h. É possível
assistir à TV Escola na Tecsat (Canal 4),
Sky (Canal 28) e DirecTV (Canal 237).
Problema
global
A desertificação
passou a ser tratada como um problema mundial somente
após uma grande seca ter provocado a morte
de 250 mil pessoas e milhões de animais na
Mauritânia, Senegal, Mali, Burquina Faso,
Niger e Chade, entre 1968 e 1974. Esse países
pertencem à região do Sahel, no centro-oeste
africano, próxima ao Deserto do Saara.
Durante a Conferência sobre o Meio Ambiente
Humano, na Suécia, em 1972, a comunidade
internacional despertou para a evidente a necessidade
de se dar mais atenção ao problema
do avanço dos desertos em todo o mundo. Isso
motivou as Nações Unidas a organizarem
uma conferência sobre o tema em Nairóbi,
no Quênia, em 1977. O encontro foi fundamental
para a luta contra a desertificação,
pois evidenciou que os problemas da pobreza e da
degradação ambiental estavam intimamente
ligados e necessitavam de um enfrentamento direto
pela comunidade internacional.
Na Rio92, dirigentes de todo o mundo solicitaram
às Nações Unidas que preparassem
a Convenção de Combate à Desertificação
(UNCCD). O texto da convenção foi
finalizado em junho de 1994, e entrou em vigor em
dezembro de 1996. A maior parte dos países
do mundo que possuem áreas em climas áridos,
semi-áridos e subúmidos secos fazem
parte da UNCCD.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom (Aldem Bourscheit)