 |
LIVROS TRAZEM SUBSÍDIOS
PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS
MUNICÍPIOS DO LITORAL NORTE
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2005
|
 |
22/06/2005 A Secretaria
do Meio Ambiente do Estado - SMA lança nesta
quinta-feira (23/6), às 18 horas, no Centro
Britânico-Brasileiro, na Rua Ferreira de Araújo,
741, em Pinheiros, as publicações
“São Paulo Litoral Norte” e “Zoneamento Ecológico-Econômico
do Litoral Norte”, que tratam de questões
relacionadas ao gerenciamento costeiro da região.
Os livros trazem um diagnóstico das condições
sociais, econômicas e ambientais dos municípios
de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião
e Ilhabela, fornecendo subsídios para a implementação
de planos de ação e de gestão.
As publicações
foram organizadas pela Coordenadoria de Planejamento
Estratégico e Educação Ambiental
- CPLEA, órgão da SMA, com a ampla
participação de representantes de
outros órgãos estaduais, municipais
e de organizações não-governamentais,
no âmbito do Plano Estadual de Gerenciamento
Costeiro, cujo objetivo é a melhoria das
condições de vida da população
em harmonia com a conservação dos
recursos naturais e do patrimônio cultural
da região.
Com essa finalidade,
o governador Geraldo Alckmin assinou o Decreto n°
49.215, de 7 de dezembro de 2004, dispondo sobre
o Zoneamento Ecológico-Econômico do
Litoral Norte, que contribui para ordenar as ações
de fiscalização e de licenciamento
de empreendimentos e atividades em conformidade
com o desenvolvimento sustentável.
O Litoral Norte paulista
é formado por ecossistemas extremamente frágeis
e sujeitos a pressões do setor imobiliário.
Os problemas ambientais na região são
agravados pelo intenso crescimento populacional
que de acordo com dados da Fundação
Seade foi, na década de 1991/2000, de 4,79%,
para uma média estadual de 1,80%, sem contar
o aumento que ocorre durante as temporadas de verão
e nos finais de semana, quando esse número
pode aumentar em até cinco ou seis vezes.
O livro “São
Paulo Litoral Norte”, com 112 páginas, analisa
o processo de ocupação da região,
seus efeitos sobre o patrimônio genético
da Mata Atlântica e sobre a população
existente em seu território, desde o descobrimento
do Brasil até os dias atuais. A publicação
destaca os fatos históricos dos quatro municípios,
identificando aspectos relacionados às comunidades
tradicionais como as indígenas, quilombolas
e caiçaras, bem como ao patrimônio
arquitetônico e cultural representativo dessa
região, como a Casa da Fazenda Engenho D’Água,
em Ilhabela, o Núcleo Urbano em São
Sebastião e a Casa da Farinha , em Picinguaba,
no Município de Ubatuba. Buscou-se, ainda,
indicar as áreas especialmente protegidas
e as unidades de conservação.
Um capítulo
foi reservado à caracterização
socioambiental, apresentando dados populacionais
em séries históricas, distribuídos
por faixas etárias, ocupação,
localização, gênero e educação,
além do meio físico dos diferentes
municípios, as áreas com susceptibilidade
à erosão e as áreas de riscos,
constando o mapa do inventário dos movimentos
gravitacionais de massa.
A rede hidrográfica,
a biodiversidade e a caracterização
do bioma da Mata Atlântica são contempladas
na publicação, ao lado de aspectos
sobre o uso e a ocupação do solo,
a infra-estrutura, o sistema viário e de
transportes, os programas habitacionais governamentais,
o saneamento ambiental, a água, o esgoto,
o lixo e suas implicações sobre a
saúde da população. A economia
foi considerada em seus diversos setores - indústria,
agricultura e pesca -, além dos atrativos
turísticos existentes em cada um dos municípios.
Um capítulo
foi dedicado à legislação incidente
sobre a região, enumerando as unidades de
conservação, as normas legais que
às instituíram, os municípios
e as áreas abrangidas, bem como as principais
características de cada uma delas. Aspectos
importantes como a pesca e a implantação
de estruturas de apoio a navegação
marítima foram contemplados de forma inovadora
por essa medida legal, representando um marco na
legislação brasileira sobre o assunto.
Zoneamento
Ecológico-Econômico
A publicação
“Zoneamento Ecológico-Econômico do
Litoral Norte” é um dos resultados do processo
de discussão sobre o Gerenciamento Costeiro
no Estado de São Paulo, que está completando
quase duas décadas. O zoneamento, resultado
de uma ampla discussão com os diversos segmentos
da sociedade, incluindo órgãos do
Governo do Estado, prefeituras, pesquisadores, empresários,
pescadores, agricultores, maricultores e ambientalistas,
entre outros, foi consolidado por meio do Decreto
n° 49.215, de 7 de dezembro de 2004.
A publicação
relata a trajetória institucional do Gerenciamento
Costeiro no Estado e a sua conexão com os
princípios e diretrizes estabelecidos pelo
Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, com o
objetivo de organizar o uso do espaço territorial
e marítimo da orla paulista, com base nas
peculiaridades regionais, dentro dos conceitos de
desenvolvimento sustentável.
Fonte: Secretaria Estadual do
Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa