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GOVERNO INCENTIVA USO DE
PLANTAS NATIVAS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Junho de 2005
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(29/06/05) - Esta
semana serão definidas plantas nativas do
Centro-Oeste cujo uso na agricultura e na indústria
será incentivado pelo governo. Deverão
ser selecionadas cerca de 40 entre 500 espécies
já avaliadas. O debate será no Hotel
Nacional, em Brasília de hoje a sexta-feira.
Participarão representantes do Ministério
do Meio Ambiente, do Ibama, da Embrapa, de instituições
de ensino e pesquisa, de governos estaduais e municipais
e da indústria.
A pesquisa realizada no Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, Goiás e Distrito Federal foi coordenada
pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
(Cenargen). O trabalho faz parte do projeto Plantas
para o Futuro, do Ministério do Meio Ambiente.
Ao todo, estão sendo investidos R$ 1,4 milhão
para estudos nas cinco regiões. O projeto
foi lançado no fim de 2003. "Os resultados
de todo o País e especialmente da Amazônia
serão impressionantes. Existem centenas de
espécies subutilizadas", disse Lídio
Coradin,gerente de Recursos Genéticos do
MMA.
Com o trabalho, são identificadas plantas,
muitas já usadas pelas populações,
que poderão ter seu uso ampliado como alimento
e até se tornar insumos para os mais variados
ramos da indústria, como de cosméticos,
fitoterápicos e corantes, por exemplo. A
idéia é fazer com que as riquezas
naturais do País sejam mais utilizadas na
agricultura e também pelas empresas, inclusive
como alternativa a variedades estrangeiras.
De acordo com o gerente, o Brasil teria o maior
número de espécies de plantas do Planeta,
no entanto, a economia agrícola do País
estaria dominada por variedades estrangeiras. As
espécies mais consumidas de uva, laranja,
batata, soja, trigo, milho e até dos tradicionais
feijão e arroz são exemplos de variedades
vindas de fora mas amplamente difundidas na agricultura
nacional. "A goiaba-serrana, nativa do Rio
Grande do Sul e de Santa Catarina e de partes do
Uruguai e da Argentina, hoje é cultivada
na Nova Zelândia e na França e serve
para a fabricação de 13 produtos,
inclusive champagne", disse.
As pesquisas desenvolvidas pelo Plantas para o Futuro
também ajudarão a preservar espécies
nativas, mesmo que não venham a ser usadas
em maior escala. Segundo Coradin, a nossa biodiversidade
precisa ser valorizada, conhecida e usada de forma
sustentável. "Assim garantiremos sua
preservação", ressaltou Coradin.
O Centro Nacional de Orquídeas, Plantas Ornamentais,
Medicinais e Aromáticas do Ibama está
coordenando um grupo de plantas medicinais do Projeto
Plantas do Futuro.A lista de espécies da
Região Nordeste será definida durante
reunião entre os dias 17 e 19 de agosto,
em Recife (PE). Os debates nas demais regiões
ainda não têm data marcada, mas acontecerão
em Belém (PA), em Florianópolis (SC)
e Belo Horizonte (MG).
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa (Aldem Boursheit)