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IBAMA MINISTRA OFICINA
A INFRATORES AMBIENTAIS
Panorama
Ambiental
Cuiabá (MT) – Brasil
Junho de 2005
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Ao invés
de prisão, educação. É
assim que a justiça do Amazonas, em parceria
com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está
tratando os infratores que cometem pequenos delitos
ambientais. Na última terça-feira
se encerrou a III Oficina de Educação
Ambiental, ministrada como pena alternativa para
quem cometeu infrações como poluição
sonora, invasão de área verde, poluição
atmosférica, transporte de produtos florestais
sem autorização, criação
de animais silvestres em cativeiro, entre outros.
Participaram da oficina
11 pessoas que durante uma semana, assistiram a
palestras sobre fauna, flora, legislação
ambiental, poluição sonora, crimes
ambientais, utilização de recursos
pesqueiros, entre outros temas. Durante a parte
prática do curso, os participantes conheceram
o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama
(Cetas) e puderam ver de perto o problema da reintrodução
de animais selvagens na floresta depois de domesticados.
No encerramento, eles fizeram uma avaliação
de tudo que aprenderam durante o curso e receberam
certificados de participação.
O curso é
ministrado pelo Ibama, em parceria com a Vara Especializada
do Meio Ambiente, Instituto de Proteção
Ambiental do Amazonas (Ipaam) e Secretaria Municipal
do Meio Ambiente (Sedema). A participação
dos infratores é obrigatória e decretada
judicialmente como pena alternativa. Eulinda Silveira,
coordenadora do Núcleo de Educação
Ambiental do Ibama, diz que a idéia da criação
das oficiais tem sido uma experiência muito
bem sucedida, que está dando melhores resultados
do que as penas de prestação de serviços,
por exemplo, porque as pessoas começam a
entender a importância de preservar meio ambiente
através do curso. “Eles chegam nos primeiros
dias de oficina revoltados, com raiva, se sentindo
injustiçados de ter que participar, se comparando
aos outros infratores que fazem coisas bem piores
e não são punidos. Mas com o tempo
começam a entender o que fizeram de errado
e a formar uma consciência ambiental, um resultado
muito melhor do que simplesmente pagar cestas básicas
ou prestar serviços”, comemora.
E o resultado pode
ser percebido pelos pedidos dos participantes de
que o curso seja oferecido nas escolas e nas comunidades
e não somente aos infratores. “Eles dizem
que o curso é muito bom, principalmente para
conhecer melhor o meio ambiente, a necessidade de
sua preservação e as leis de proteção
ambiental, porque muita gente comete crimes por
desconhecimento. Nós também concordamos,
o problema é a falta de recursos para a realização
dos cursos”, lamenta Eulinda. Os cursos para infratores
ambientais são financiados pela construtora
Habitec, que também foi penalizada por crime
ambiental e ficou encarregada judicialmente de financiar
dez edições do curso.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa (Flávia Mendonça)