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CHEFE DO IBAMA EM BELÉM
CONFIRMA À CPI DA BIOPIRATARIA QUE
HOUVE TRANSPORTE ILEGAL DE MADEIRA
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Julho de 2005
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06/07/2005 – As denúncias
de irregularidades no Plano Safra 2004 começaram
a ser apuradas pela CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) da Biopirataria nesta manhã,
na Câmara dos Deputados.
Uma das testemunhas
de hoje, Najja Maria Santos Guimarães – chefe
da Divisão Técnica do Ibama em Belém
– confirmou que tem ocorrido transporte ilegal de
madeira. "Das dez áreas de assentamento
vistoriadas, apenas quatro tinham contrato e somente
uma delas possuía Autorização
de Transportes de Produtos Florestais (ATPF), no
município de Anapu", afirmou. A ATPF
é expedida pelo IBAMA.
O Plano Safra Legal
2004, instituído em julho do ano passado,
é um programa do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) e do Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra) para o aproveitamento
legal de madeira proveniente do desmatamento de
três hectares em projetos de assentamentos
em Altamira, no Pará. O objetivo do plano
é buscar soluções para agricultores,
que, ao longo de anos, desperdiçavam madeiras
em suas propriedades. Por meio do plano, o setor
florestal da região poderia extrair de forma
legal madeiras para o suprimento de matéria-prima
das indústrias regionais.
Entretanto, em junho
surgiram denúncias na imprensa de que o plano
estava sendo usado para o transporte ilegal de madeira.
Em virtude disso, uma audiência foi solicitada
pelo relator da CPI da Biopirataria, deputado Sarney
Filho (PV-MA).
As outras duas testemunhas,
os madeireiros Manoel Messias Silva e Paulo Muller,
estavam incomunicáveis em uma sala da Câmara
dos Deputados, onde aguardavam o momento para falar
na audiência.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Karina Silvério