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CONFERÊNCIA DISCUTIRÁ
USO SUSTENTÁVEL DE RECURSOS NATURAIS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2005
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06/07/2005 - "A
política ambiental integrada e o uso sustentável
dos recursos naturais não devem ser percebidos
como temas relacionados apenas ao governo federal,
mas aos diferentes setores da sociedade", disse
hoje a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente,
em referência ao tema da 2ª Conferência
Nacional do Meio Ambiente, prevista para dezembro
em Brasília.
A proposta da conferência
é debater ações de uso sustentável
dos recursos naturais, com a participação
dos setores da sociedade envolvidos, e permitir
a aplicação regional dessas ações.
A primeira reunião do Conselho Organizador
Nacional, de preparação da conferência,
foi realizada hoje no Ministério do Meio
Ambiente, com a presença de cerca de 30 representantes
de diferentes instituições, entre
elas o Ministério da Educação,
o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e
o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama).
Na abertura da reunião,
foram discutidos o cronograma de trabalho da comissão
e a metodologia de organização e execução.
De acordo com o cronograma apresentado pelo coordenador
executivo da conferência, Eugênio Splender,
durante os meses de setembro e outubro serão
realizadas as conferências estaduais em todo
o país. Nelas ficarão definidas as
delegações e propostas de participação.
Para novembro estão previstas reuniões
com cada um dos sete setores que participarão
do encontro nacional: a comunidade científica;
as organizações não-governamentais
ambientalistas e movimentos sociais; os sindicatos;
os povos indígenas; as comunidades tradicionais,
entre elas os quilombolas; os governos municipais,
estaduais e federal; e o setor empresarial.
Para a ministra,
apesar do esforço do governo, ainda existe
um impasse entre o desejo do uso sustentável
do meio ambiente e a aplicação prática
dessas políticas. "As ações
a serem implementadas são, sobretudo, um
esforço de sociedade. Hoje nós temos
um acordo social, do ponto de vista das mentalidades,
razoavelmente avançado na aceitação
dessa nova forma de lidar com o uso dos recursos
naturais e a sua conservação. Mas
quando se trata de traduzir isso na prática,
também temos uma resistência que vai
na contramão daquilo que se diz e daquilo
que, aparentemente, se quer", afirmou Marina
Silva.
A proposta do ministério
é transformar as conferências em ações
institucionais, de modo que elas façam constantemente
parte da formulação de ações
do governo na área. "Nós já
estamos vendo os resultados da primeira conferência
refletidos no Plano Nacional de Combate ao Desmatamento
da Amazônia, no novo modelo para o setor elétrico,
na forma como estamos criando as unidades de conservação
e fazendo a sua implementação, na
política nacional de resíduo sólido,
na política nacional de recursos hídricos
e no plano nacional de combate à desertificação",
apontou a ministra.
Segundo Marina Silva,
a viabilização da política
ambiental integrada exige participação
de outros ministérios: "Implementar
a Política Nacional de Meio Ambiente tem
que ser um esforço dos diferentes setores
do governo, como dos ministérios dos Transportes,
da Educação, da Saúde, do Desenvolvimento
Agrário, de Minas e Energia e de Integração
Nacional. É preciso que esses setores também
estejam incorporando, no planejamento de suas ações,
critérios de sustentabilidade".
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Juliana Borre