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GIRASSOL SERÁ MATÉRIA-PRIMA
PARA BIODIESEL NO PARANÁ
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2005
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08/07/2005 - A definição
do zoneamento agroclimático para o girassol,
o desenvolvimento de tecnologias específicas
para o cultivo do grão e o domínio
de um processo químico menos poluente para
produção de biodiesel são as
metas do Programa de Bioenergia do Estado, que promoveu
um treinamento sobre a colheita do girassol para
cerca de 100 técnicos da Emater - PR, no
dia 6, no auditório da Embrapa Soja (Londrina
– PR), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O vice-governador
e secretário de estado da agricultura e do
abastecimento, Orlando Pessuti, o secretário
de Ciência e Tecnologia Aldair Rizzi, o representante
da Emater - PR Celso Seratto, o chefe técnico
do Iapar Antônio Costa, o secretário
municipal de agricultura Nilson Ladeia, o deputado
estadual José Maria Ferreira, a chefe geral
da Embrapa Soja Vânia Castiglioni participaram
da abertura do evento.
Na ocasião,
a Embrapa Soja fez homenagem à SEAB-PR e
às empresas vinculadas, pela parceria e apoio
dado por elas à Embrapa. A chefe geral da
Embrapa Soja Vânia Castiglioni entregou ao
secretário Orlando Pessutti, uma estatueta
referente aos 30 anos da empresa.
De acordo com a Secretaria
Estadual de Agricultura do Paraná, o Programa
Paranaense de Bionergia pretende conhecer quais
as culturas economicamente viáveis para produção
de biodiesel, caso do girassol, e definir as escalas
ideais de produção em usinas de biodiesel.
Ao falar sobre o Programa, Vânia destacou
que “não basta termos biodiesel, é
necessário também que ele tenha condições
de competitividade em relação às
outras alternativas no mercado e o girassol mostra-se
promissor, especialmente por conter cerca de 50%
de óleo em sua composição”.
A primeira ação
do Programa foi a articulação de parcerias
com as instituições de pesquisa e
a assistência técnica do Paraná.
“A Embrapa, Iapar e Emater - PR vão desenvolver
tecnologias para viabilizar a produção
agrícola da cultura e o Instituto de Tecnologia
do Paraná (Tecpar) irá desenvolver
tecnologia própria para produção
de biodiesel”, explica Richardson de Souza, da Seab.
Biodiesel
O biodiesel - produzido
a partir de óleos vegetais extraídos
da soja, do girassol ou do dendê - reduz a
emissão de gases poluentes como o CO2, um
dos responsáveis pelo efeito estufa. De acordo
com Souza, o processo químico mais conhecido
atualmente utiliza o metanol - derivado do petróleo
- para produzir biodiesel. O Tecpar está
pesquisando um processo que produza biodiesel, a
partir do etanol, álcool proveniente da cana
de açúcar, que é ainda menos
poluente. “Até o final do ano, o Tecpar irá
utilizar uma mini-usina para fazer testes de óleos
e de técnicas de produção,
explica Souza.
Segundo ele, a Embrapa
ficará responsável pelo definição
do zoneamento agroclimático, que estabelece
diretrizes sobre época e locais de cultivo.
“O zoneamento também é um instrumento
que colabora para a liberação de financiamento
agrícola”, afirma.
Para obter informações
detalhadas sobre o comportamento da cultura em todo
o estado foram implantadas 35 unidades de observação
de girassol, entre março e maio, que ainda
estão em processo de colheita. “Vamos instalar
40 hectares de girassol agora entre julho e agosto
para subsidiar os trabalhos de pesquisa”, afirma
o técnico Antônio Maurina, da Emater
- PR
Girassol
Dados da Conab, da
Embrapa e do USDA, apontam que a área cultivada
com girassol no Brasil é de aproximadamente
80 mil hectares. A produção da cultura
é de cerca de 150 mil toneladas do grão
mas, se depender de várias ações
que estão em curso no Brasil, o girassol
vai ganhar novo fôlego. “O girassol apresenta-se
como uma excelente matéria-prima para a produção
de biodiesel e importante alternativa de geração
de emprego e renda para a agricultura familiar”,
explica a chefe-geral da Embrapa Soja, Vânia
Castiglioni.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Ledna Landgraf)