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RENOVADO CONVÊNIO
PARA RECOLHIMENTO DE EMBALAGENS VAZIAS DE
AGROTÓXICOS
Panorama
Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Julho de 2005
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05/07/2005 - O governador
Roberto Requião e o secretário do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo
Cheida, assinaram nesta terça-feira (05)
durante a reunião semanal do secretariado
a renovação por mais um ano do convênio
com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens
Vazias (InpEv) e a Universidade Federal do Paraná
para o desenvolvimento do programa Terra Limpa.
O Programa prevê
a retirada de agrotóxicos armazenados irregularmente
e que estão proibidos pela legislação
há mais de 20 anos, e ainda o recolhimento
e destinação final às embalagens
de agrotóxicos comercializadas no Estado.
Através desta
parceria, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos garante para o Paraná os
índices de devolução de embalagens
de agrotóxicos mais elevados do Brasil. Apenas
no primeiro quadrimestre deste ano foram devolvidas
1,36 mil toneladas de embalagens - o que significa
22,4% do total devolvido em todo País. No
início do governo Requião, o Paraná
era o 12º Estado em recolhimento das embalagens.
“O Paraná está recolhendo mais embalagens
do que qualquer um dos outros 31 países que
fazem o recolhimento atualmente”, informou Luiz
Eduardo Cheida.
A estimativa é
de que o Paraná comercialize 14 milhões
de embalagens por ano, destas 90% estão sendo
devolvidas pelos agricultores. No Brasil o índice
de devolução é de 65% das embalagens
comercializadas.
Segundo o vice-governador
e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti,
o convênio também irá evitar
uma grave situação de risco ambiental,
com o armazenamento irregular de BHC e outros agrotóxicos
organoclorados, já proibidos pela legislação.
“Trata-se de um passivo ambiental seriíssimo
e a resolução é da maior importância
para evitar acidentes”.
Para o secretário
Cheida, apesar da excelente colocação
nacional, o Paraná ainda apresenta algumas
conseqüências negativas do consumo de
agrotóxicos. “A Universidade Estadual de
Londrina (UEL), por meio do seu Centro de Tecnologia
Alimentar, recolheu amostras de leite materno de
mães londrinenses e o resultado foi assustador.
Na avaliação, 100% das amostras apresentaram
traços do BHC, organoclorado proibido há
mais de 20 anos no País”, exemplificou Cheida.
Segundo o secretário,
que é médico, os resíduos de
agrotóxicos nas pessoas são responsáveis
por danos neurológicos irreversíveis
e casos de neoplasias (câncer). Cheida citou
que o Paraná é campeão na incidência
de câncer de fígado e pâncreas,
possivelmente por contaminação de
defensivos agrícolas. “Este é um problema
muito sério e o Paraná vem se dedicando
intensamente sobre a questão em parceria
com a UFPR e o Inpev”, afirmou.
Depois de serem recolhidas,
as embalagens são destinadas à reciclagem
ou à incineração, caso haja
contaminação. Atualmente existem 15
artefatos produzidos através do material
destas embalagens, como conduíte, cordas,
embalagem para óleo lubrificante, madeira
plástica, barricas de papelão, economizadores
de concreto entre outros.
Fonte: Secretaria Estadual do
Meio Ambiente do Paraná (http://www.pr.gov.br/meioambiente/index.shtml)
Assessoria de imprensa