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PAÍS GARANTE US$
2 MILHÕES PARA ELIMINAR BROMETO DE
METILA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2005
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14/07/2005 O Brasil
assegurou este mês a doação
de US$ 2 milhões (cerca de R$ 4,6 milhões)
para eliminar, até o fim de 2006, o consumo
do brometo de metila na produção de
fumo, plantas ornamentais, tomates, morangos e outras
culturas. A substância é usada para
"limpar" a terra, mantendo as plantas
livres de pragas durante o crescimento. No entanto,
é mais prejudicial à Camada de Ozônio
que os gases CFCs. Os recursos foram aprovados durante
reunião do fundo das Nações
Unidas para implementação do Protocolo
de Montreal, semana passada, no Canadá.
Com a doação, o Brasil poderá
desenvolver ou ampliar o uso de novas tecnologias
para culturas que ainda consomem a substância.
A eliminação do brometo será
coordenada pelos ministérios do Meio Ambiente
e da Agricultura, com apoio da Organização
das Nações Unidas Para o Desenvolvimento
Industrial (Unido, sigla em inglês) e da Espanha.
O uso da substância, que foi de 1,79 mil toneladas
em 1998, caiu para 440 toneladas em 2002. Já
em 2003, o Brasil consumiu 363 toneladas do veneno,
de acordo com levantamento do Ministério
da Agricultura. Foram consultadas associações
de produtores, governos, revendas de produtos agropecuários,
cooperativas, produtores e pesquisadores. A pesquisa
mostrou que o consumo do brometo vem caindo a cada
ano, e levou o governo a elaborar um plano para
eliminar em definitivo seu uso, assegurando os recursos
internacionais.
O consumo do brometo de metila pelo setor de tabaco
está proibido desde janeiro deste ano pela
Instrução Normativa 01/2002, dos ministérios
do Meio Ambiente e da Agricultura. Em 2003, o setor
consumiu 132 toneladas do produto. A maioria das
empresas e produtores está usando hoje a
tecnologia de "bandejas flutuantes". Com
isso, a semeadura não é mais feita
diretamente na terra, mas em substratos de solo
ou cascas de árvore esterilizados e enriquecidos
com fertilizantes. Depois de germinar, as mudas
são transplantadas para o solo.
Fonte: MMA – Ministério
do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ascom (Aldem Bourscheit)