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INPE JÁ REGISTROU
380 FOCOS DE QUEIMADAS EM JULHO NO ESTADO
Panorama
Ambiental
Campo Grande (MS) – Brasil
Julho de 2005
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20/07/2005 – Desde
o dia 1° até o dia 20 de julho deste
ano, os satélites do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais identificaram 380 focos de queimadas
em Mato Grosso do Sul, sendo que 62% desse total
ocorreu em Corumbá, município com
a maior extensão territorial do Estado e
localizado no Pantanal. A partir de 1° de julho
começou a vigorar a portaria conjunta do
Imap (Instituto de Meio Ambiente Pantanal) e do
Ibama (Instituto Nacional de Meio Ambiente e Recursos
Naturais Renováveis) proibindo até
o dia 15 de setembro quaisquer tipos de queimadas,
a não ser para o desfolhamento de canas-de-açúcar
ou com a finalidade de treinamento de combate a
incêndios.
As chuvas dos últimos
dias provocaram uma redução no número
de focos, observa o perito em incêndios do
Imap, José Valfrido Anunciação.
Entre os dias 1° e 7 de julho foram 137 ocorrências,
de 8 a 14 aumentou para 190 e do dia 15 até
hoje (20/07), registraram-se 53 focos de queimadas.
O clima foi um fator preponderante, mas José
Valfrido acredita que a fiscalização
rigorosa por parte dos soldados da Polícia
Militar Ambiental e técnicos do Imap e do
Ibama, aliado ao nível cada vez maior de
conscientização da população,
foram decisivos para reduzir os índices de
queimadas no Estado.
As ocorrências
se concentram na região do Pantanal devido
ao tipo de vegetação. Nos demais municípios
foram registrados poucos casos: em Porto Murtinho
27, em Aquidauana 17 e em Três Lagoas 15.
Os produtores rurais fazem uso do fogo para renovar
as pastagens. José Valfrido lembra que a
prática não é proibida, mas
carece de autorização do Imap e deve
ser executada atendendo especificações
técnicas para manter o fogo sob controle.
Nessa época
do ano, devido a estiagem que faz secar a vegetação
e à baixa umidade do ar, as queimadas são
proibidas. Quem desrespeitar a lei está sujeito
a multas pesadas: pode pagar até R$ 1 mil
por hectare se a pastagem for plantada ou R$ 1,5
mil se a vegetação for nativa, além
de outras sanções penais.
Em nível nacional
Mato Grosso do Sul ocupa a terceira colocação
com maior número de focos de queimadas desde
o início do ano: 1.814. Vem bem abaixo do
Pará, que já acumula 2.993 ocorrências
(1.253 somente em julho) e de Mato Grosso, com 7.458
ocorrências, sendo 2.638 neste mês.
José Valfrido acredita que a tendência
de queda deva se sustentar e que em agosto – mês
em que a umidade relativa do ar atinge índices
críticos de apenas 20% - o Estado registre
menos focos de queimadas que em julho. Novamente
o tempo pode agir em favor da natureza: está
prevista a vinda de outras frentes frias para os
próximos dias, trazendo chuvas e reduzindo
a temperatura.
Fonte: Secretaria Estadual do
Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (www.sema.ms.gov.br)
Assessoria de imprensa (João Prestes)