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MATA ATLÂNTICA: PRÊMIO
DE REPORTAGEM LEVA DOIS GANHADORES À
MALÁSIA
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Julho de 2005
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22/07/2005 - A fragmentação
da floresta, um dos problemas mais graves da Mata
Atlântica, e os Corredores Ecológicos,
uma solução inovadora para conter
sua destruição, foram os temas tratados
pelos dois vencedores da quinta edição
do “Prêmio de Reportagem sobre a Biodiversidade
da Mata Atlântica”. O anúncio foi feito
na noite do dia 20 de julho na cidade de São
Paulo, em cerimônia apresentada pela VJ da
MTV, Didi Wagner, que contou com a presença
de cerca de 300 jornalistas e ambientalistas.
Reinaldo José
Lopes, hoje repórter da Folha de São
Paulo, ficou com o primeiro lugar da Categoria Impresso
com a matéria “Diversidade aos Pedaços”,
publicada na Revista Scientific American Brasil,
em setembro de 2004. O artigo destrincha o processo
de fragmentação do ambiente, mostrando
como as espécies e os fenômenos naturais
reagem ao longo do tempo.
A reportagem vencedora
na Categoria Televisão, “Mata Atlântica,
Soluções e Projetos - Corredores Ecológicos”,
foi produzida por José Raimundo Oliveira
e sua equipe da TV Bahia. Ela encerrou a série
de cinco programas sobre a Mata Atlântica,
apresentada no Jornal Nacional, no mês de
maio de 2004.
Reinaldo José
e José Raimundo participarão da Cúpula
Internacional de Mídia e Meio Ambiente, entre
os dias 30 de novembro e 2 de dezembro de 2005,
em Kuching, capital de Sarawak, na ilha de Bornéu,
Malásia. “Participar de um encontro internacional
como este reflete a essência do Prêmio,
que visa promover a troca de informações
e experiências em conservação
entre profissionais de continentes e áreas
diferentes”, diz Haroldo Castro, vice-presidente
de comunicação da Conservação
Internacional e diretor geral do Prêmio.
Impresso - Na Categoria
Impresso, o segundo lugar coube à reportagem
“Jóias de um Reino (quase) Oculto”, publicada
na revista Terra da Gente, por Luiz Antônio
Figueiredo. O jornalista desvenda um reino da miniatura
natural – as micro-orquídeas – nas quais
as pessoas vão tropeçando em trilhas
e caminhadas, sem perceber que elas são uma
das maiores riquezas da biodiversidade brasileira.
Maristela Machado Crispim ganhou o terceiro lugar,
com a matéria “Mata Atlântica”, publicada
no Diário do Nordeste, de Fortaleza (CE).
Com um bloco de reportagens, Maristela deu voz a
entidades ambientalistas, governo, gestores de áreas
protegidas e espécies ameaçadas, mapeando
as pressões e possíveis soluções
para a Mata Atlântica de seu Estado.
Quatro menções
honrosas foram concedidas na Categoria Impresso:
• Marcos Pivetta,
com a matéria “Encruzilhada Genética”,
publicada na Revista Pesquisa FAPESP (SP);
• Maura Campanili, com “SOS Mata de Araucária”,
publicada na revista Terra da Gente (SP);
• Max Augusto Santos de Araújo, com “Jardim
Suspenso - Serra da Guia: Mata Atlântica Escondida
no Meio do Sertão”, publicado no Jornal da
Cidade (Aracaju, SE);
• Sérgio Adeodato, com a matéria “Cangaceiros
do Mangue”, publicada na revista Horizonte Geográfico
(SP).
Em comparação
ao ano passado, o Prêmio cresceu 70% em número
de inscrições. Em 2005, 71 artigos,
escritos por 49 jornalistas, participaram do concurso.
Eles foram publicados em 31 veículos de 11
Estados.
Televisão
- Na Categoria TV, o segundo e terceiro lugares
ficaram com trabalhos exibidos pelo Globo Repórter,
respectivamente “Plantas Medicinais da Mata Atlântica”,
produzido por Ernesto Paglia e Equipe, que foi ao
ar em novembro de 2004; e “Mata Atlântica,
Riqueza e Destruição”, produzido por
Sandro Dalpícolo e a Equipe da TV Paranaense,
exibida em junho do ano passado.
Quatro menções
honrosas também reconheceram o trabalho de:
• Ciro José
Porto e Equipe, com a reportagem “Ilhas de Noé”,
do programa Globo Repórter, exibida na EPTV
Campinas e Rede Globo;
• Fernanda Couzemenco e Equipe, com “Unidades de
Conservação não Garantem Conservação
de Grandes Predadores”, do programa Em Movimento
- Quadro Movimento Sustentável, exibida na
TV Gazeta – Espírito Santo;
• José Eduardo Brito Cunha e Equipe, com
“Pacto Murici”, do programa Globo Ecologia, exibida
na Rede Globo;
• Mariene Pádua e Equipe, com “Mico-leão”,
do programa Repórter Eco, exibida na TV Cultura.
A Categoria TV contou
com 33 reportagens concorrentes, produzidas por
20 equipes e exibidas em 15 programas diferentes.
Os segundos e terceiros colocados em cada Categoria
receberam R$5.000 e R$2.500, respectivamente. Todos
os trabalhos podem ser encontrados no www.premioreportagem.org.br
Mario Mantovani,
diretor de mobilização da Fundação
SOS Mata Atlântica, encerrou a cerimônia
afirmando que estamos vivendo um dos piores momentos
para conservação do bioma, com decisões
políticas equivocadas sendo tomadas em vários
estados, com destaque para Santa Catarina e Bahia.
“Reverter o processo de destruição
da Mata Atlântica é caso de vida ou
morte. E os jornalistas têm que fazer ecoar
a indignação da sociedade civil com
decisões inconseqüentes das autoridades
públicas e de muitos investidores”, concluiu.
Avaliação
– O processo de avaliação das reportagens
é conduzido por um júri de especialistas
em comunicação e conservação.
Em 2005, dez renomados profissionais realizaram
voluntariamente esse trabalho. Na Categoria Impresso
participaram Maria Cecilia Wey de Brito, Roberto
Villar Belmonte, Patricia Palumbo, Regina Scharf
e Paulo Lyra; na Categoria Televisão foram
Camilo Tavares, Denise Rambaldi, Francisco César
Filho, Luiz Costa Pereira Junior e Sergio Túlio
Caldas.
A iniciativa é
promovida pela Aliança para a Conservação
da Mata Atlântica, uma parceria entre as ONGs
Conservação Internacional e Fundação
SOS Mata Atlântica, em colaboração
com o Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ)
e a Federação Internacional de Jornalistas
Ambientas (IFEJ). Seu objetivo é reconhecer
a excelência profissional dos jornalistas
que cobrem temas ambientais no Brasil. As fundações
Virginia W. Cabot, John D. & Catherine T. MacArthur
apóiam esta iniciativa que, no Brasil, é
patrocinada pela Colgate Palmolive.
O Prêmio é
realizado em sete outros países: Bolívia,
Colômbia, Equador, Guiana, Madagascar, Peru
e Venezuela. Neste ano, a Categoria Impresso em
todos os oito países recebeu 376 inscrições
de 218 jornalistas, um crescimento de mais de 100%
em relação às inscrições
do ano passado.
Fonte: Conservação
Internacional (www.conservation.org.br)
Assessoria de imprensa (Isabela santos e Ana Ligia
Scachetti)