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PROJETO DE MECANISMO DE
DESENVOLVIMENTO LIMPO CONTA COM A PARCERIA
DA EMBRAPA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) Brasil
Julho de 2005
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21/07/2005 - O pesquisador
Paulo Armando de Oliveira da Embrapa Suínos
e Aves (Concórdia SC), unidade da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada
ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, participa da inauguração
de projeto de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
(MDL) implementado no Brasil, após a ratificação
do Protocolo de Kyoto. A solenidade será
realizada na Fazenda Ressaca (Bom Despacho - MG),
nos dias 21, amanhã, e 22 de julho.
O evento faz do convênio
para o desenvolvimento e estudos de biodigestores
como solução tecnológica para
preservação do meio ambiente, assinado
entre a Embrapa e a empresa AgCert Canada Co (São
Paulo SP). Na ocasião, serão lançados
os biodigestores Kit-100 e Kit-300, que são
recursos de saneamento ambiental de modelo MDL desenvolvidos
pelas duas empresas para diferentes escalas de produção.
Esse projeto poderá
beneficiar um grande número de produtores,
através da implantação de biodigestores,
reduzindo o impacto ambiental da produção
de suínos e inserindo a propriedade no mecanismo
MDL, estabelecido pelo protocolo de Kyoto e aprovado
pela ONU.
Os kits (100 e 300)
foram desenvolvidos para atender granjas de produção
de suínos com as seguintes características:
de ciclo completo (CC - todas as fases do sistema
produtivo, do nascimento a engorda, comportando
de 40 a 160 matrizes), unidade de produção
de leitões (UPL creche de suínos
de 6 a 25kg, comportando de 75 a 300 matrizes),
unidade de crescimento e terminação
(UCT suínos de 25 a 100 kg, comportando
de 475 a 1950 animais). A estimativa de produção
de biogás (m3/dia) para os dois kits é
a que segue:
Kit 100
Diluição do dejeto Volume estimado
do biogás (m3)
Baixa (SV 1,5% - 2,5%) 23 45
Média (SV 2,5% - 4,5%) 45 79
Alta (SV 4,5% - 6,5%) 62 100
Kit 300
Diluição do dejeto Volume estimado
do biogás (m3)
Baixa (SV 1,5% - 2,5%) 69 100
Média (SV 2,5% - 5,5%) 99 180
Alta (SV 4,5% - 7,5%) 150 225
Além do ganho
ambiental, o produtor poderá utilizar o biogás
como fonte alternativa de energia em sistemas de
aquecimento, iluminação, refrigeração,
incubação e geração
de energia elétrica, reduzindo substancialmente
os custos de produção- explica o
pesquisador Paulo Armando.
Outra possibilidade,
é a reciclagem orgânica e de nutrientes
(N, P, K e micronutrientes), através do uso
de biofertilizante, adubo orgânico, o que
permite a substituição ou a redução
do uso de fertilizante químico, sem falar
do benefício para a vizinhança, através
da redução do nível de odor.
A redução certificada da emissão
de gases poderá gerar créditos de
carbono, possibilitando uma renda adicional para
a propriedade.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Tânia Maria Giacomelli
Scolari)