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PROGRAMA VAI AJUDAR A AUMENTAR
A PRODUÇÃO RURAL SEM DEGRADAÇÃO
DO MEIO AMBIENTE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2005
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23/07/2005 - Mostrar
ao homem do campo que é possível aumentar
a produção rural sem prejudicar o
meio ambiente é o objetivo do Programa de
Gestão Ambiental Rural, uma parceria do Ministério
do Meio Ambiente com a Organização
das Nações Unidas para a Agricultura
e Alimentação (FAO). A informação
é do diretor de Gestão Ambiental do
ministério, Roberto Vizentin, e do coordenador
nacional do Gestar, Carcios Azevedo.
Segundo Vizentin, o projeto foi criado em 2001 e
implantado em 2003. Hoje são dez pólos
em todo o país e a previsão é
de que esse número aumente até o ano
que vem. "Há uma reivindicação
para que o projeto seja instalado em outras regiões.
Hoje são ao todo 200 municípios em
dez pólos. Há uma projeção
de instalar mais dez até 2006" disse.
A região do
Ariranha, em Santa Catarina, e municípios
do Mato Grosso já podem ser citados como
exemplos de sucesso do Gestar. No município
catarinense, a criação de porcos da
comunidade estava contaminando o rio.
Roberto Vizentin
conta que eram numerosos os casos de doença
na população local. Para resolver
o problema, foi feita uma parceria com o Ministério
de Minas Energia, o que possibilitou a criação
de biodigestores, que estão em fase de construção.
Esse equipamento transforma as fezes dos animais
em energia e adubo. O produto pode ser aproveitado
pela comunidade.
No caso do Mato Grosso,
Azevedo conta que a solução para conter
as queimadas e a derrubada de árvores para
formar pasto foi a criação das chamadas
pastagens ecológicas. Segundo ele, a pastagem
é recuperada com a fertilização
orgânica do solo e o plantio de árvores,
o que não impede que os animais continuem
se alimentando.
"O gado convive
no meio de vegetação maior e se alimenta
com uma pastagem de melhor qualidade, porque é
orgânica. Com isso a gente diminui o número
de áreas degradadas, porque os produtores
começam aproveitar melhor a sua pastagem,
sem precisar desflorestar", disse. Com a pastagem
ecológica, a produção do leite
tem aumentado, gerando mais renda para as famílias
locais.
Cada pólo
recebe cerca de R$ 300 a R$ 400 mil. O objetivo
agora é tornar o projeto uma política
pública de Estado. A próxima área
beneficiada com o programa é a região
do Vale do São Francisco.
Fonte: Agência Brasil -
Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Michèlle Canes