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AÇÕES NA
TRANSAMAZÔNICA E EM RONDÔNIA
SERÃO AS PRIMEIRAS AVALIADAS EM PÓLOS
DO PROAMBIENTE
Panorama
Ambiental
Manaus (AM) – Brasil
Agosto de 2005
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05/08/2005 - A análise
técnica das atividades sustentáveis
de geração de renda já desenvolvidas
nos pólos da Transamazônica e de Rondônia
será o primeiro dos oito projetos de avaliação,
reconhecimento e validação científica
de iniciativas inovadoras em três pólos
pioneiros do Programa de Desenvolvimento Socioambiental
da Produção Familiar Rural (ProAmbiente).
"O objetivo
é comprovar cientificamente que elas possuem
sustentabilidade econômica, além de
ambiental. Com isso, poderemos influenciar as carteiras
de crédito do Banco da Amazônia",
explicou Luciano Mattos, assessor da diretoria da
Embrapa e ex-gerente nacional do ProAmbiente. Em
setembro, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) dá início ao programa, uma
parceria com a organização não-governamental
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
(Ipam).
O segundo projeto
será desenvolvido com o mesmo público:
os pesquisadores identificarão a percepção
social que os agricultores possuem dos serviços
ambientais. "Queremos verificar como esses
serviços estão sendo compreendidos
pelas comunidades que participam do programa",
esclareceu Luciano.
O terceiro projeto
criará um modelo matemático para fornecer
indicadores de avaliação dos serviços
ambientais prestados pelos agricultores. "Precisamos
de índices que meçam a qualidade do
solo e das águas, por exemplo. Depois estudaremos
quais indicadores serão utilizados na construção
e implementação da política
pública de compensação dos
serviços ambientais. Mas eles servirão
também para se efetuar uma readequação
do programa, dentro de quatro ou cinco anos",
declarou o pesquisador.
Os projetos quatro,
cinco e seis são mais de desenvolvimento
do que de pesquisa. "Precisamos testar em campo
oportunidades já identificadas", justificou
Mattos. O projeto quatro implementará em
Roraima tecnologias para reduzir o risco de fogo,
como o cultivo de plantas não-inflamáveis
no meio da plantação (barreiras vivas).
O quinto experimentará na Transamazônica
tecnologias de diversificação de sistemas
florestais e agropastoris, que promovam o aproveitamento
permanente e equilibrado do solo, evitando o sistema
corte-queima. O sexto, executado em Rondônia,
estudará a integração e a relação
de sistemas florestais e agropastoris já
consolidados.
O sétimo e
o oitavo serão no pólo pioneiro da
Transamazônica. Um levantará dados
da produção dos agricultores familiares
para identificar as atividades nas quais a venda
do crédito de carbono teria viabilidade econômica.
O outro fará o monitoramento por satélite
das atividades produtivas, a fim de avaliar o uso
desse equipamento para acompanhar ações
em pequena escala.
"O Protocolo
de Quioto estabelece que o crédito de carbono
vendido tem que vir de áreas reflorestadas.
Mas o Brasil é o único dos dez maiores
emissores mundiais de carbono onde 70% da poluição
vêm de queimadas, não da atividade
industrial. Embora a rigor manter a floresta não
signifique recuperar carbono, na prática
equivale a evitar que ele seja perdido", explicou
Mattos.
Fonte: Radiobras – Agência
Brasil (www.radiobras.gov.br)
Thaís Brianezi