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EXPEDIÇÃO
DESVENDA REGIÃO INÓSPITA DO
PARQUE TUMUCUMAQUE
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2005
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Uma equipe composta por representantes do Ibama,
do WWF-Brasil, dos índios Wajãpi e
de moradores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável
do Iratapuru inicia nesta quarta-feira 3, uma expedição
de três semanas pelo médio e alto curso
do rio Jari, dentro do Parque Nacional Montanhas
do Tumucumaque (PNMT), a maior área protegida
em faixa tropical do mundo. Uma equipe de apoio
à expedição, que havia iniciado
a subida pelo rio Jari no último dia 23 de
julho, chegou ontem (2 de agosto) à aldeia
Mukuru, na Terra Indígena Wajãpi.
Deste ponto, a expedição parte rio
acima, iniciando a incursão dentro do parque
nacional.
A expedição planeja obter informações
sobre a geomorfologia da região, identificar
eventuais invasões, especialmente de garimpeiros,
e coletar amostras de água do Jari e de alguns
de seus tributários para verificar se há
contaminação decorrente de atividade
garimpeira. Essas informações serão
utilizadas na elaboração do plano
de manejo do parque, documento que, como o nome
indica, define o planejamento da conservação
e das demais atividades permitidas em seu interior,
como o ecoturismo, e as condições
em que se darão.
Fronteira natural entre os estados do Amapá
e Pará, o rio Jari é a principal via
de penetração a uma das regiões
mais remotas da Amazônia, que até a
década de 1960 era controlada por povos indígenas
da região. Segundo informações
de Christoph Jaster, chefe do PNMT, esse pedaço
do rio Jari foi percorrido até seu alto curso
apenas por índios e, possivelmente, por garimpeiros.
A exceção foi a passagem de uma expedição
enviada pela Alemanha nazista que, com o apoio do
governo brasileiro, percorreu o Jari e alguns afluentes
entre 1935 e 1937, coletando informações
sobre fauna, flora e culturas indígenas.
Essa viagem resultou no livro ?Mistérios
da caverna na floresta virgem? (Rätsel der
Urwaldhölle, no original em alemão),
escrito por Schulz-Kamphenkel, que descreve detalhes
da incursão por esse inóspito pedaço
da Amazônia brasileira.
Fonte: WWF-Brasil (www.wwf.org.br)
Assessoria de imprensa