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FERTILIZANTE ORGÂNICO
É APRESENTADO NO WORKSHOP DA RBT
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2005
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02/08/2005 - Amostras
do fertilizante orgânico produzido a partir
de resíduos da manutenção de
gramados em grandes cidades é mais uma novidade
que o workshop “Perspectivas dos Projetos da Rede
Brasil de Tecnologia (RBT) no Agronegócio”
apresenta no dia 5, sexta-feira, na Embrapa Instrumentação
Agropecuária (São Carlos – SP) unidade
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,
vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento.
O evento tem início
às 8h30 com a presença do coordenador
da RBT, Marcelo Lopes, do diretor-executivo da Embrapa,
José Geraldo Eugênio França,
do secretário de Ciência e Tecnologia
para Inclusão Social do Ministério
da Ciência e Tecnologia, Rodrigo Rollemberg.
O workshop mostra os 22 projetos aprovados no segmento
Agronegócio pela RBT com recursos de R$ 4,5
milhões. São nove projetos aprovados
em 2004 e 13 em 2005. Alguns já estão
em fase adiantada de desenvolvimento, sendo que
os protótipos poderão ser vistos durante
o evento.
A produção
de fertilizante orgânico é uma pesquisa
desenvolvida pela Embrapa Solos, situada na cidade
do Rio de Janeiro, que pretende implantar uma unidade
piloto de compostagem no Aeroporto Internacional
do Rio de Janeiro, utilizando resíduos da
manutenção dos gramados do local,
associados a restos de carbonização
vegetal e a fosfatos de rocha. A partir deste procedimento
serão produzidos fertilizantes orgânicos,
condicionadores de solos e substratos.
Resíduos de
manutenção de gramados são
produzidos em grandes quantidades nas cidades. Estas
sobras têm normalmente como destino os aterros
sanitários, o que embora seja um destino
seguro no curto prazo, significa uma pressão
sobre os aterros, reduzindo sua vida útil.
“A Embrapa Solos desenvolveu um processo de compostagem
de aparas de grama em parceria com a Infraero, cujo
produto final pode ser comercializado na forma de
diferentes adubos orgânicos.
A técnica
conjuga o conhecimento milenar sobre compostagem
de resíduos orgânicos com novos conhecimentos
obtidos a partir do estudo das Terras Pretas de
Índio, onde a fertilidade e a utilização
de carvão vegetal são considerados”,
diz o pesquisador da Embrapa Solos e líder
do projeto Vinicius Benites.
O resultado são
produtos orgânicos, de baixo custo, isentos
de contaminantes, de qualidade agronômica
certificada e de acordo com as especificações
dos fertilizantes orgânicos exigidas pelo
Ministério da Agricultura. Além de
representar um destino mais apropriado para estes
resíduos, este processo permite a obtenção
de insumos para a utilização em hortas,
parques, jardins e floricultura.
Esta é uma
questão estratégica considerando-se
a pouca disponibilidade de insumos orgânicos
nas cidades, o que tem limitado, em alguns casos,
projetos de agricultura urbana.
O fertilizante obtido
por este processo pode ser distribuído em
pequenas embalagens em floriculturas nos grandes
centros, substituindo produtos comercializados como
terra vegetal, terra adubada, húmus vegetal
etc. em sua grande maioria sem registro no Ministério
da Agricultura e de qualidade e origem questionáveis.
Além da Infraero,
a Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro (PUC- Rio) também é
parceira no trabalho. A gerente de Meio Ambiente
da Infraero-Rio, Tânia Cristina de Menezes
Caldas participará do workshop.
Fonte: Embrapa (www.embrapa.gov.br)
Assessoria de imprensa (Carlos Dias e Joanir Silva)