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MACAPÁ RECEBE EXPOSIÇÃO
FOTOGRÁFICA SOBRE BIODIVERSIDADE
Panorama
Ambiental
Macapá (AP) – Brasil
Agosto de 2005
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Museu Sacaca garante
lazer e educação ambiental para o
público amapaense com "Viagem ao Mundo
da Biodiversidade". A inauguração
acontece nesta quinta-feira e conta com a presença
do Governador do Estado, autoridades e pesquisadores
em meio ambiente.
O Instituto de Pesquisas
Científicas e Tecnológicas do Estado
do Amapá (IEPA) e a organização
ambientalista Conservação Internacional
(CI-Brasil) inauguram na próxima quinta-feira
(04), às 19h, a exposição fotográfica
"Viagem ao Mundo da Biodiversidade", que
fica de 4 de agosto a 20 de fevereiro de 2006, no
Museu Sacaca.
A iniciativa traz
à sociedade amapaense uma amostra dos locais
com maior diversidade biológica do planeta.
Além da Amazônia, que protagoniza a
visita com o Corredor de Biodiversidade do Amapá,
a exposição exibe imagens de pessoas,
paisagens, flora e fauna do Alasca, Bolívia,
Peru, Galápagos, Guatemala, Guiana, México,
Botsuana, Madagascar, África do Sul, Indonésia
e Papua Nova Guiné.
"A exposição
tem dupla finalidade: educar e divertir. Ela visa
mostrar a importância de cada espécie
para a manutenção da vida na Terra.
Ao mesmo tempo, é um espetáculo de
imagens inusitadas, com destaque para aquelas recém
registradas no Corredor de Biodiversidade do Amapá",
conta Antônio Farias, diretor presidente do
IEPA. "Essa foi a maneira que encontramos para
prestar contas ao público dos trabalhos de
pesquisa, realizados nas unidades de conservação
no Estado." Imagens como a do sapo cururu excretando
veneno, do colorido lagarto Uracentron azureum,
do morcego frugívoro Artibeus gnomus e até
dos afloramentos rochosos no Parque Nacional Montanhas
do Tumucumaque podem ser contempladas pelos visitantes.
Para garantir que o acervo seja bem explorado por
estudantes e professores, os organizadores estão
promovendo, nos dias 2 e 3 de agosto, oficinas de
capacitação para monitores.
A exposição
também apresenta os conceitos mais utilizados
atualmente pelas políticas de conservação,
como Hotspots, Grandes Regiões Naturais,
Países de Megadiversidade e a importância
das áreas protegidas para salvaguardar as
riquezas naturais. Esses conceitos mostram que a
biodiversidade não está igualmente
distribuída pelo planeta. "Existem regiões
que apresentam muito mais espécies únicas
do que outras e, portanto, são as mais importantes
para a conservação", diz José
Maria Cardoso da Silva, vice-presidente de Ciência
da CI-Brasil. "Com esta iniciativa, queremos
dialogar com o público local e mostrar como
o Amapá está inserido em um contexto
global, com suas oportunidades de conservação
e exploração sustentável dos
recursos naturais", conclui.
Com 93% da vegetação
original intacta, o Amapá é o estado
mais conservado do país. Para garantir a
harmonia entre o desenvolvimento e a proteção
dos recursos naturais, o Governo Estadual criou,
em 2003, o Corredor de Biodiversidade do Amapá.
Esse Corredor é composto por 12 áreas
protegidas federais e estaduais e quatro Terras
Indígenas (Juminá, Galibi, Uaçá,
Waiãpi), que congregam cerca de 4.500 índios.
Desde 2003, o Ibama-Amapá,
a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, o IEPA,
e a CI-Brasil se associaram para estudar a biodiversidade
do Corredor. Uma equipe de oito pesquisadores foi
estabelecida no IEPA para gerar dados sobre as espécies,
paisagens e estado de conservação
do local. Durante as seis primeiras expedições
realizadas em três áreas protegidas
- Floresta Nacional do Amapá, Reserva de
Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru
e Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque - foram
encontradas 108 espécies de mamíferos,
303 de aves, 90 de répteis, 64 de anfíbios,
28 de crustáceos, 230 de peixes, e 156 gêneros
e 75 famílias de plantas.
Essas informações
são a matéria-prima para a construção
dos planos de manejo, que orientam os usos mais
adequados das unidades de conservação
do Corredor. "Os exemplares coletados durante
as expedições permanecem no Amapá,
integrando a Coleção Fauna do Amapá
e o Herbário Amapaense, ambos no IEPA",
informa Enrico Bernard, coordenador de projetos
da CI-Brasil, que acompanhou e fotografou todas
as expedições retratadas na Seção
Amapá da exposição. "As
informações geradas com esse trabalho
fortalecem as instituições do Amapá
e têm potencial para atrair mais investimentos
em pesquisa e conservação para o Estado
e para as populações locais."
A exposição
foi produzida pela CI-Brasil, em 2003, e já
passou pelo Espaço Cultural Citibank, na
avenida Paulista, em São Paulo; pelo Palácio
das Artes, em Belo Horizonte; pelo Fórum
Nacional de Educação Ambiental, em
Goiânia; e pela sede do Parque Nacional da
Serra dos Órgãos, em Teresópolis
(RJ). Ao final do período de exibição,
a CI-Brasil vai doar a Seção Amapá
para o acervo do Museu Sacaca e pretende continuar
levando o resto da exposição para
os quatro cantos do Brasil.
O Museu Sacaca fica
na avenida Feliciano Coelho, 1509, Bairro do Trem,
Macapá. A entrada é gratuita e o horário
de visitação é de terça-feira
a domingo, de 9h às 18h. Para agendar visitas
monitoradas, ligue para (96) 212-5361 / 212-5362.
Fonte: Conservation Internacional
(www.conservacao.org.br)
Assessoria de imprensa (Marcele Bastos e Elisangela
Oliveira)