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PAÍSES AMAZÔNICOS
DISCUTEM INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE
DA FLORESTA
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Agosto de 2005
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O Workshop do Projeto
"Validação de 15 Indicadores
Prioritários para a Sustentabilidade da Floresta
Amazônica" teve início nesta quarta-feira,
dia 3, no Palácio do Itamaraty.
Os coordenadores nacionais dos oito países
amazônicos revisarão as atividades
e os resultados alcançados durante a primeira
metade do prazo de implementação do
projeto em nível nacional. Além disso,
pretende-se explorar a inserção dos
indicadores nas políticas públicas
como instrumento de verificação ou
referência de sustentabilidade.
O Projeto, financiado pela Organização
das Nações Unidas para a Agricultura
e a Alimentação (FAO) e conduzido
pela Secretaria Permanente da Organização
do Tratado de Cooperação Amazônica
(SP/OTCA) desde abril de 2004, é parte do
chamado "Processo de Tarapoto" e tem o
objetivo de validar, em vinte meses, 15 indicadores
de sustentabilidade da Floresta Amazônica.
A idéia é definir com precisão
o que se entende por sustentabilidade no manejo
das florestas e estabelecer indicadores de consenso
que avaliem e dêem seguimento à evolução
do estados das florestas.
Os Países Membros da OTCA – Bolívia,
Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname
e Venezuela - identificaram e determinaram15 critérios
e indicadores próprios para os ecossistemas
da Amazônia, para assim definir as diretrizes
para os programas de desenvolvimento sustentável
na região.
O Coordenador de Cooperação Multilateral
da Agência Brasileira de Cooperação
(ABC), Márcio Lopes Corrêa; o Diretor
de Florestas do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente
(IBAMA), Antônio Carlos Hummel; o Diretor
de Florestas do Ministério do Meio Ambiente
(MMA), Tasso Azevedo; o Coordenador da Unidade de
Florestas Tropicais do Banco Mundial no Brasil,
Gregor Wolf; o representante da FAO no Brasil, José
Tubino, o Diretor Executivo da OTCA, Francisco Ruiz;
e o Diretor do Departamento da América Meriodional
II do Itamaraty, Clemente Baena Soares, discursaram
na abertura do encontro.
Tubino ressaltou a importância do projeto,
não só para a validação
dos indicadores, como também para o fortalecimento
da OTCA. Para ele, um segundo passo seria estabelecer
uma agenda regional para a sustentabilidade. "Este
projeto deve ser o início e não o
fim do processo", considerou.
Para Ruiz, a OTCA tem um papel fundamental a cumprir
na busca de consensos dos Países Amazônicos.
O Diretor Executivo da Organização
enfatizou a necessidade de adotar os indicadores
no futuro. "Os mesmos devem ser instrumentos
úteis, e incorporados às nossas políticas
públicas", afirmou.
Correa, da ABC, destacou a importância de
coordenar ações entre organismos internacionais
em determinado tema. Já Hummel, do IBAMA,
considerou que o projeto sinaliza o que é
mais adequado para a execução de políticas
públicas na área florestal. “A Importância
do processo é usar os indicadores”, complementou
Azevedo.
Para Wolf, os Países Amazônicos devem
aproveitar as experiências do Programa Piloto
para a Proteção das Florestas Tropicais
do Brasil (PPG-7).
O Seminário foi organizado pela FAO e a SP/OTCA
com o apoio da ABC do Ministério das Relações
Exteriores do Brasil e será encerrado na
próxima sexta-feira.
Fonte: Organização
do Tratado de Cooperação Amazônica
(www.otca.org.br)
Assessoria de imprensa