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RIO DE JANEIRO: GREENPEACE PROTESTA NA PREFEITURA CONTRA DESTRUIÇÃO DA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Rio de Janeiro (RJ) - Brasil
Agosto de 2005

04.08.2005 - O Greenpeace protestou, esta manhã, na prefeitura do Rio de Janeiro para expor a falta de ação da atual administração municipal contra a destruição da Amazônia. Um ativista da organização, vestido como funcionário da prefeitura, usou uma motosserra para cortar um pedaço de um “toco” de árvore cenográfico, construído com madeira certificada e decorado com papel marche, medindo cerca de 2 metros de diâmetro por 1 metro de altura. O pedaço, simbolizando o desmatamento da Amazônia, foi entregue pelos ativistas ao vice-prefeito Otávio Leite (PSDB-RJ), que se comprometeu a dar uma resposta definitiva ao Greenpeace sobre o andamento do processo na prefeitura em, no máximo, uma semana.

Há mais de um ano, o Greenpeace negocia com o município do Rio de Janeiro a adesão ao programa Cidade Amiga da Amazônia, que prevê a adoção de leis municipais que proíbem o consumo de madeira de origem criminosa pela prefeitura. “Em julho de 2004, denunciamos a utilização de madeira amazônica de origem ilegal na construção e reforma dos deques da Lagoa Rodrigo de Freitas, uma obra da prefeitura. Até hoje, nenhuma medida foi tomada para evitar que casos assim se repitam”, afirma Rebeca Lerer, do Greenpeace. “Mais de 70% da madeira amazônica têm origem ilegal. Esta indústria que atua na ilegalidade alimenta a destruição criminosa da floresta. Em apenas um ano, 26.130 km2 foram desmatados - a Amazônia tem pressa!”.
A partir da denúncia dos deques da Lagoa, foi instaurado processo administrativo na prefeitura da cidade sob número 14/002.348/2004. Neste período, o Greenpeace manteve contato com o prefeito César Maia e o secretário municipal de Meio Ambiente, Ayrton Xerez, incentivando a adesão do Rio ao programa Cidade Amiga da Amazônia.
Em andamento em 12 municípios brasileiros, incluindo São Paulo (SP) e Manaus (AM), o programa tem por objetivo a adoção de legislação e mecanismos de controle que evitam a compra de madeira nativa de origem criminosa nas licitações promovidas pelas prefeituras. De acordo com dados do IMAZON, cerca de 70% da madeira extraída da Amazônia e consumida pelo mercado brasileiro. As prefeituras utilizam grandes volumes de madeira em obras públicas e mobiliário.

No ultimo dia 19 de julho, o Greenpeace iniciou campanha de mobilização junto à população carioca para pressionar a prefeitura do Rio de Janeiro a tomar medidas contra o desmatamento da Amazônia. Até hoje, mais de 8 mil mensagens de e-mail foram enviadas ao prefeito César Maia solicitando a inclusão do Rio no programa Cidade Amiga da Amazônia. Além do ativismo pela Internet, foram publicados anúncios em diversos meios de comunicação e foram realizados contatos por carta e telefone com a prefeitura sem a obtenção de qualquer resposta concreta. “O desmatamento da Amazônia é um problema gravíssimo que deve ser enfrentado por todos os níveis de governo e pelo conjunto da sociedade brasileira”, continua Rebeca Lerer. “Nossa expectativa é que a prefeitura do Rio de Janeiro faça sua parte e passe a comprar apenas madeira de origem legal e sustentável”.
Ao mesmo tempo, na floresta...
Nas próximas semanas, um time do Greenpeace continua percorrendo a BR-163, que liga Santarém (PA) à Cuiabá (MT) para documentar o crescente desmatamento causado pela expansão da fronteira agropecuária, principalmente para produção de soja.
Na área de influência da BR-163 também estão localizados grandes pólos madeireiros. Na última terça-feira (02/08), ativistas fecharam com uma cancela uma estrada clandestina que corta a Floresta Nacional (Flona) de Altamira, às margens da BR-163, no Pará. A cancela foi trancada com um cadeado e a chave, entregue ao escritório do Ibama em Novo Progresso, como contribuição do Greenpeace à governança na região. A pavimentação da rodovia é uma das prioridades do governo Lula. Mas, para o Greenpeace, a presença permanente do Estado na Amazônia deve chegar antes do asfalto. “Se sem a pavimentação, os recursos naturais na área de influência da BR-163 já estão sendo totalmente devastados, imagine com o acesso facilitado pelo asfaltamento da estrada”, diz Nilo D’Avila, coordenador da campanha do Greenpeace pela proteção da região da BR-163.

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.grenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
Foto: Greenpeace

 
 
 
 

 

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